Erros comuns nas finanças pessoais: como identificar e evitar em 2025
Especialistas apontam que a falta de planejamento e erros financeiros comuns são fatores determinant
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De acordo com dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 29,3% da população brasileira estava com as contas em atraso no final de 2024, e o prazo médio para pagar as dívidas subiu para 7,4 meses. Com um cenário econômico desafiador, marcado por juros elevados e inflação persistente, muitos brasileiros enfrentam dificuldades para manter o controle financeiro. Especialistas apontam que a falta de planejamento e alguns erros financeiros comuns são fatores determinantes nesse quadro de inadimplência.
Ana Paula Oliveira, executiva de negócios da Simplic, fintech de crédito pessoal online, afirma que o primeiro passo para reconquistar o equilíbrio financeiro é identificar os erros cometidos no dia a dia e, a partir disso, adotar hábitos mais saudáveis para o bolso. Confira os erros mais frequentes nas finanças pessoais e as dicas para evitá-los em 2025:
1. Exagerar no pagamento a prazo
O pagamento parcelado, especialmente no cartão de crédito, é um dos maiores vilões das finanças pessoais. Apesar de ser uma ferramenta útil, o parcelamento indiscriminado pode comprometer o orçamento. "O cartão de crédito oferece benefícios como parcelamento sem juros e acúmulo de pontos, mas o uso excessivo, sem planejamento, pode levar ao endividamento", alerta Ana Paula.
A recomendação da especialista é estabelecer limites no uso do crédito, especialmente para compras pequenas e supérfluas. “Parcelar grandes compras pode ser vantajoso, mas é importante fazer isso com controle para não comprometer até mesmo as necessidades básicas”, recomenda.
2. Usar o cheque especial como parte do orçamento
O cheque especial pode ser uma tentação para quem precisa de dinheiro rápido, mas sua utilização é altamente prejudicial às finanças. Com taxas de juros altíssimas, o cheque especial não deve ser considerado uma fonte regular de crédito. "Deve ser usado apenas em situações emergenciais e nunca como parte do orçamento mensal", recomenda Ana.
A especialista sugere alternativas mais vantajosas, como o empréstimo pessoal, para cobrir despesas imprevistas. "O cheque especial é um 'salvavidas' caro, e o custo pode ser muito maior a longo prazo", diz.
3. Falta de controle financeiro
Muitas pessoas gastam sem saber exatamente onde o dinheiro vai, o que dificulta a organização financeira. Ana Paula recomenda que todos adotem o hábito de registrar cada entrada e saída de dinheiro, seja em planilhas ou aplicativos de controle. "Registrar tudo ajuda a entender onde você pode cortar despesas e identificar os principais vilões do seu orçamento", explica.
Além disso, reavaliar gastos passados também é uma boa prática. Analise as compras feitas no cartão de crédito e os extratos bancários dos últimos meses para verificar se é possível fazer ajustes no seu planejamento.
4. Não diversificar as fontes de renda
Confiar em uma única fonte de renda pode ser arriscado. Caso ocorra uma demissão inesperada ou algum imprevisto, a falta de um plano B pode gerar sérios problemas financeiros. "Ter mais de uma fonte de renda é uma maneira de se proteger contra imprevistos", destaca Ana.
O momento de diversificação pode ser agora, com o mercado oferecendo diversas alternativas, como o trabalho freelancer, investimentos em ativos de baixo risco ou negócios online.
5. Não planejar o futuro financeiro
Apesar da necessidade de construir uma reserva de emergência e se planejar para a aposentadoria, a pesquisa do SPC Brasil revela que 8 em cada 10 brasileiros não guardam dinheiro para o futuro. "É preciso começar a pensar na aposentadoria o quanto antes", alerta Ana Paula. Mesmo com um orçamento apertado, é possível começar com aportes pequenos.
Uma boa estratégia é automatizar os depósitos para a reserva de emergência ou para os fundos de aposentadoria. "Comece com valores baixos e aumente aos poucos, conforme sua situação financeira permitir. O importante é começar", sugere a especialista.



