Sáb, 06 de Dezembro

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Pequenas e Médias Empresas iniciam 3º trimestre com sinais de recuperação, aponta IODE-PMEs

Indústria cresce 8,3% e Serviços avançam 2,4% em julho; Comércio e Infraestrutura seguem em retração

Pequenas indústriasPequenas indústrias - José Paulo Lacerda/CNI

A média da movimentação financeira de pequenas e médias empresas brasileiras cresceu 1,7% em julho na comparação com o mesmo período em 2024. Em junho, o avanço foi de 3,7%. Já na análise livre de efeitos sazonais, houve alta de 0,3% frente a junho. As informações são do Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs).

“O avanço observado em junho e julho mostra que as PMEs começam a ganhar fôlego novamente, especialmente nos setores de Indústria e Serviços. A redução da inflação e o mercado de trabalho aquecido têm sustentado a renda das famílias, o que se reflete no aumento do faturamento real. Ainda assim, o patamar elevado dos juros segue como freio importante para uma retomada mais intensa”, analisa Felipe Beraldi, economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, empresa de tecnologia e gestão empresarial.

Resultados

O resultado reflete a dissipação gradual das pressões inflacionárias e a recuperação parcial da confiança do consumidor. No entanto, no acumulado do ano, o índice ainda registra queda de 0,6% em relação a 2024, efeito do fraco início de ano.

Nos últimos três meses, o IGP-M acumulou redução de 2,96% em 12 meses, impactado pelo recuo nos preços ao produtor e menor pressão sobre alimentos e transportes. Essa desaceleração da inflação eleva o poder de compra e melhora expectativas: o Índice de Confiança do Consumidor da FGV subiu 0,8 ponto em julho.

Paralelamente, o desemprego recuou para 5,8%, menor taxa desde o início da série histórica (2012), e os rendimentos reais ficaram 8,8% acima do patamar pré-pandemia.

Destaques 

Previsões

O crescimento dos últimos dois meses traz alívio após um primeiro semestre difícil, mas juros elevados, com a Selic projetada em 15% a.a. até o fim do ano, seguem limitando investimentos e consumo. 

“Nos próximos meses, devemos ver as PMEs consolidando um cenário de crescimento, mas em ritmo moderado. Os dados apontam para uma trajetória positiva, mas ainda distante do dinamismo que observamos em 2024”, completa Beraldi. 

A projeção da Omie para 2025 é de alta modesta de 1,0% no IODE-PMEs, após expansão de 5,2% em 2024.

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