Pesquisa aponta que perfis com fotos de pets podem sair na frente em aplicativos de namoro

Ter um animalzinho faz bem para a autoestima, segundo um estudo divulgado na revista científica Frontiers. Essa confiança é sentida por usuários de aplicativos de relacionamento, pelo que parece. Um levantamento do aplicativo de relacionamento Happn aponta que 58% dos solteiros já curtiram alguém por causa de um pet na foto de perfil. 

Na pesquisa com relação à autoestima, os cães são diretamente ligados a tutores mais extrovertidos e agradáveis. Os cuidadores de gatos, nesse caso, são apontados como menos confiantes e mais introvertidos. 

Os tutores de cães criam uma rotina externa, com passeios diários e brincadeiras que exigem mais movimentação. Por isso, a pesquisa, realizada na Alemanha, aponta que o bem-estar de quem tem um cachorrinho, principalmente se a pessoa for idosa, é maior. 

Quem tem gato nem sempre sai de casa com frequência, apesar de o animalzinho ser um companheiro sem igual. Essa característica, mais caseira, acaba por não estimular saídas regradas. Encontrar pessoas e socializar se tornam uma tarefa que não envolve o pet, na maioria dos casos.

Apesar disso, a mesma pesquisa apontou que a convivência com um animal de estimação pode aumentar a autoestima de pré-adolescentes e adultos jovens (entre 19 e 21 anos).

Para o aplicativo de relacionamento não tem muita diferença: independentemente de qual for o pet, 40% das mulheres com idade de 26 a 35 anos afirmam que a presença de um pet na imagem torna a pessoa mais atraente.

Tutores de gato nem sempre são os mais sociáveis, mas no aplicativo de namoro eles ainda pontuam na frente de quem não tem foto com pet - Sam Lion-Pexels

A percepção social de que pessoas com animais são mais atraentes pode estar atrelada a um aparente envolvimento familiar, o que demonstra um comprometimento com as pessoas ao seu redor, segundo uma pesquisa da Universidade de Azabu, no Japão. 

Esse comprometimento pode ser apresentado também na pesquisa do Happn, onde 44% dos usuários acreditam que os pets ajudam a criar vínculos ao longo do tempo.

No Brasil

Conhecidos por serem apaixonados por pets, os brasileiros refletem isso também no Happn: 66% dos usuários solteiros do app afirmam ter animais de estimação, com os cachorros liderando a preferência (77%), seguidos dos gatos (38%). 

Esse fator influencia não só na atração por outras pessoas, mas também na forma como os relacionamentos são vivenciados. Por exemplo, 29% dos usuários disseram que gostariam de levar seus pets para um encontro, e 16% já fizeram isso.

Entre os homens com mais de 36 anos, essa prática é ainda mais comum: 22% afirmaram já ter levado um pet para um date e adorado a experiência. Levar o pet também pode ser uma surpresa positiva no primeiro encontro: 45% dos solteiros disseram que adorariam se o “crush” levasse um animal no primeiro date.

Quando perguntados sobre os encontros ideais com acompanhamento de pets, 36% apontaram o piquenique no parque como a opção favorita. Caminhadas ou trilhas leves ficaram em segundo lugar (28%), especialmente entre os mais jovens. Apenas 12% preferem cafés ou restaurantes pet-friendly, o que sugere que os brasileiros preferem experiências ao ar livre.

Embora os pets possam ajudar com muitas paqueras, nem todos aderem a essa prática. Na verdade, 55% dos usuários brasileiros preferem deixá-los em casa em vez de levá-los para encontros. 

Contramão

Assim como ter pets é benéfico para uma curtida, não tê-los pode ser um problema. Segundo o Happn, 31% dos solteiros afirmaram que não se relacionariam, ou teriam dificuldade em se relacionar, com alguém que não gosta de animais. O número cresce significativamente entre as mulheres, de acordo com o levantamento.

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