Tutor de primeira viagem: como cuidar da alimentação do seu animalzinho?
É preciso ter cuidado com as dosagens, principalmente com filhotes e pets vindos da vulnerabilidade
Tutorar um animalzinho é abrir as portas da casa e do coração para um novo integrante da família. Para quem está recebendo seu primeiro pet, a experiência pode ser repleta de alegria, descobertas e também de dúvidas. Afinal, cada gesto de cuidado faz a diferença no bem-estar desse novo companheiro.
A alimentação é um dos pilares para promover sua saúde e qualidade de vida. Seja ele filhote, adulto ou um animal já idoso, é importante entender suas necessidades nutricionais, oferecer um alimento de qualidade e fazer o manejo correto, adequando a nova rotina de ambos.
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Primeiro de tudo, o tutor precisa compreender que cada fase do pet exige um tipo de cuidado alimentar. Filhotes, por exemplo, precisam de uma introdução alimentar adequada para a faixa etária. Existem alimentos específicos para eles.
Já adultos, apesar de mais resistentes, precisam de uma alimentação direcionada para castrados ou não castrados, por exemplo.
Pets idosos também precisam de outro tipo de dieta, com vitaminas e minerais que supram as necessidades da idade avançada.
Além dessa atenção, se o animal estiver sendo acolhido por meio da adoção e resgate da vulnerabilidade das ruas, independente da idade, é preciso introduzir a alimentação de forma gradual para que o organismo do animal se adapte.
A médica-veterinária Juliana Soncin selecionou dicas práticas e respostas às dúvidas mais comuns dos tutores de primeira viagem, quando o assunto é a alimentação do pet.
Filhotes
Os pets novinhos devem permanecer com a mãe por, no mínimo, 45 dias, sendo ideal levar o animal para casa entre 2 e 3 meses, quando já têm melhor socialização e equilíbrio comportamental.
Em casos de resgate precoce, quando não há opção de deixar o animal mais tempo com a mãe, é essencial garantir cuidados veterinários e suporte adequado ao desenvolvimento.
Na alimentação, recomendase ração específica para filhotes de cães ou gatos, rica em proteínas, gorduras e nutrientes como o DHA, fundamental para o cérebro e a visão.
Para facilitar a transição do leite materno, pode-se oferecer também alimento úmido ou papinha de desmame, que ajudam na passagem do leite materno para o alimento sólido. O alimento úmido não deve permanecer no comedouro por mais de 30 minutos, para evitar contaminação.
Quanto à rotina, o alimento deve ser dividido em pelo menos três refeições diárias, respeitando a capacidade estomacal dos filhotes, lembrando que, no caso dos gatos, pode-se deixar a ração disponível ao longo do dia, sempre dentro da quantidade recomendada.
Cães adultos
Já para cães adultos, a quantidade diária de alimento deve ser dividida em pelo menos duas refeições, para que não passem muito tempo sem se alimentar. Se a rotina do tutor permitir, é interessante dividir em três refeições. Lembrando que oferecer mais refeições ao dia não significa que o animal comerá mais, mas sim que a quantidade total será dividida em mais porções ao longo do dia.
É normal que o pet apresente rejeição ao alimento nos primeiros dias em um novo lar. Se o alimento for diferente do costume do pet, essa troca de ração deve ser feita gradualmente. Nessa fase, o tutor deve oferecer a mesma ração que o pet já estava acostumado, em um local tranquilo e sem muitos estímulos, evitando alterações bruscas na dieta. Com o tempo, o animal tende a se sentir mais seguro e volta a se alimentar normalmente.



