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CPI na Alepe vai investigar contrato e governo afirma não ter nada a temer

Nas redes sociais, governadora Raquel Lyra diz andar de cabeça erguida onde quer que esteja

Governadora Raquel Lyra (PSD) afirma que dificuldades não lhe colocam medoGovernadora Raquel Lyra (PSD) afirma que dificuldades não lhe colocam medo - Foto: Janaína Pepeu/Secom

No dia em que os trabalhos legislativos foram retomados, a oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco deixou claro que não pretende dar trégua à governadora Raquel Lyra (PSD).

O pedido de criação de uma CPI foi publicado ontem em edição extraordinária do Diário Oficial. Dezoito parlamentares, entre eles o presidente da Casa, Álvaro Porto (PSDB), subscrevem a solicitação, protocolada pela deputada Dani Portela (PSOL).

Um dos mais fiéis à governadora, o deputado Antônio Moraes (PP) argumenta que o governo não tem o que temer. “Quem conhece Raquel e sabe de sua conduta não teme qualquer ameaça proveniente de uma antecipação de campanha que não interessa ao povo de Pernambuco”.

O pedido da CPI tem origem em um contrato publicitário (R$ 1,2 bilhão para os próximos dez anos). Os partidos têm dez dias para indicar quem vai compor o colegiado. Caso contrário, o presidente da Alepe define quem vai compor a comissão.

Enquanto a oposição partiu para o ataque, a governadora passou o dia conversando com sua base política. Sabe que precisa correr contra o tempo para ter fôlego de enfrentar o prefeito do Recife, João Campos (PSB), adversário em potencial ao governo em 2026.

À noite, em vídeo nas redes sociais, a gestora enfatizou:

“Dificuldades não me colocam medo. Elas me fazem ter a consciência de que a gente precisa trabalhar mais e se afastar dos que apontam erros ou criam narrativas, pensando nas próximas eleições. Não estou aqui pra isso. Sou servidora pública do estado há 20 anos, quando os mandatos passarem, eu volto. E onde quer que eu esteja, ando de cabeça erguida”.

Ajustes na política
O deputado Eduardo da Fonte avaliou como franca e proveitosa a conversa da governadora Raquel Lyra (PSD) com a bancada do PP. Observou que a gestora traçou um retrato positivo do governo. “Agora estão sendo feitos ajustes na política para acompanhar a mesma desenvoltura da parte administrativa”, declarou.

Institucional
Em meio a debates sobre pedidos de empréstimo do governo, o presidente da Assembleia, Álvaro Porto, assegurou que a Casa vai trabalhar para superar divergências: “Ainda que existam diferenças, há disponibilidade para diálogo e construção de entendimento”.

Dois palanques
O presidente estadual do PT, deputado Doriel Barros, disse à Rádio Folha que a ida do prefeito João Campos ao encontro da legenda, em Brasília, não significa alinhamento único em Pernambuco. “Se ter dois palanques for importante para reeleger o presidente Lula, vou defender isso.” O de Raquel Lyra (PSD) não fica descartado.

Transnordestina
Cresce o movimento em defesa da permanência do superintendente Danilo Cabral à frente da Sudene. Ontem a Associação Nordeste Forte, que representa as federações industriais dos nove estados da região, reforçou a corrente em apoio ao gestor.

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