O protagonismo de Pernambuco e as missões de Wolney Queiroz no governo Lula
Caruaruense é o sétimo ministro pernambucano e chega em meio a uma fraude bilionária
A fraude de R$ 6,3 bilhões no INSS, descoberta em operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União, abriu espaço para o sétimo pernambucano no terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O presidente não titubeou. Nomeou e deu posse ontem mesmo ao caruaruense Wolney Queiroz Maciel, 52 anos, que deixa a Secretaria-Executiva para assumir o Ministério da Previdência no momento mais delicado da pasta.
Chega com a missão de ressarcir aposentados e pensionistas que tiveram descontos ilegais em folha, de 2019 a 2024, e especialmente de resgatar a credibilidade do órgão, subordinado ao ministério.
Substitui Carlos Lupi que, embora não seja investigado, admitiu saber do esquema, tentou proteger seu indicado para o INSS, e tornou insustentável a permanência. Pediu demissão ontem à tarde.
A vaga acabou preenchida pelo nome que o presidente Lula queria desde o início do governo, há dois anos e quatro meses. “Uma honra”, disse Wolney pelas redes sociais.
Seis vezes deputado federal e presidente do PDT em Pernambuco, legenda à qual é filiado desde 1992, Wolney tem bom trânsito na Câmara e também é uma aposta do governo federal para não perder os 17 votos pedetistas. O partido ameaçou sair da base se ficasse sem o ministério.
(Os outros ministros pernambucanos: André de Paula, da Pesca; Frederico Siqueira Filho, das Comunicações; Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União; José Mucio, da Defesa; Luciana Santos, da Ciência e Tecnologia; Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos).
Mirando o Senado
Após visitar cinco cidades e encontrar líderes de outras quatro no feriado, o ministro Silvio Costa Filho (Republicanos) teve ontem várias reuniões. Em uma delas recebeu do prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, o convite para o São João. E anunciou que a licitação para reforma do aeroporto deve ser assinada este mês. Pinheiro, que lá atrás conversou com o Republicanos, está sem partido.
Mudança de rumo
A vereadora Kari Santos retirou apoio ao professor Pedro Alcântara, apresentado pelo deputado João Paulo para presidir o PT Recife. A vereadora, que teve ajuda dos dois para eleger-se, defende agora o ex-vereador Jairo Brito, indicado pelo senador Humberto Costa. “Não posso condicionar os rumos do PT apenas aos apoios eleitorais que eu tive”, disse. Cinco candidatos estão inscritos.
Horário nobre
Sentindo-se desvalorizada pelo partido em vários momentos, a deputada Gleide Ângelo ensaiou aproximar-se do PP. Parece ter surtido efeito. Na segunda, a delegada estreia nas inserções nacionais do PSB. Vai expor a insegurança no estado em horário nobre.
Amor na política
O deputado João Paulo (PT) confessou à Rádio Folha defender o governo de Raquel Lyra (PSD) porque relaciona as ações ao seu mandato como prefeito do Recife (2001-2008). “Identifico o amor da equipe e o compromisso com o trabalho que vi na minha gestão.”