Carol Castro sobre posto de Virginia Fonseca na Grande Rio: 'Hipocrisia absurda'
Em entrevista, atriz classificou a escolha da influenciadora no posto como 'contraditória'
A escolha de Virginia Fonseca como rainha de bateria da Grande Rio para o Carnaval de 2026 segue gerando polêmica. Em entrevista à IstoÉ, a atriz Carol Castro voltou a se posicionar contra a decisão da escola e não poupou críticas.
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Ela ser anunciada na Grande Rio, que tem um samba-enredo que fala sobre desigualdade, é uma hipocrisia. Não quero estar no lugar dela. Adoro Carnaval, mas acho que rainha de bateria deveria ser alguém da comunidade”, declarou.
Carol, que já reinou à frente da bateria do Salgueiro, classificou a escolha como “contraditória”, principalmente pelo enredo da Grande Rio no próximo desfile. A escola de Duque de Caxias levará para a Sapucaí uma homenagem ao movimento Manguebeat, exaltando suas raízes culturais e destacando a luta contra as desigualdades sociais.
“O que me deixou incrédula foi o fato de, na mesma semana em que a pessoa estava numa CPI falando de bets, de jogos que enriquecem às custas da perda do outro lucrando em cima da desgraça alheia, destruindo famílias, tirando vidas ela aparecer posando como se nada fosse. Não estamos falando de cigarro, bebida ou qualquer outra comparação que tentam fazer para amenizar. Não é sobre isso. Ali, diante das câmeras, dizia que joga, que tá tudo legalizado, quando não está. É calunioso, é mentira. E ainda assim, tudo arrumadinho para passar uma imagem “bonita”, tudo pensado”, disse Carol.
“Eu fiquei chocada. Pensei: ‘Gente, que Brasil é esse? Que país é esse em que a pessoa tira selfie, tira sarro, ri, repete o que o advogado mandou falar e, três dias depois, está sendo anunciada como rainha de bateria de um samba-enredo?’ Se fosse qualquer outro enredo, talvez eu nem tivesse comentado. Mas justamente um que fala de luta e resistência? É uma hipocrisia absurda. Claro, a hipocrisia não é novidade no nosso país. Mas esse caso me pegou muito. Meu comentário foi nesse sentido: é o retrato do que a gente vive, como naquela madrugada da PEC da impunidade”, continuou ela ao IstoÉ.
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