Ter, 09 de Dezembro

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Roberta Jungmann

'Sou um homem hétero que frequentemente sofre com a homofobia', diz Junior

O cantor participou do programa 'Saia Justa', do GNT, e falou das fofocas que enfrentou na juventude

JuniorJunior - Foto: Divulgação

O cantor Junior Lima fez um desabafo emocionante durante sua participação no programa Saia Justa, do GNT, na noite desta quarta-feira (6). Em um momento de reflexão, ele relembrou o impacto das fofocas que enfrentou na juventude, especialmente no auge da fama ao lado da irmã Sandy, no final dos anos 1990 e início dos anos 2000.

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Segundo o artista, os boatos sobre sua sexualidade o afetaram profundamente em sua adolescência. “Existiram muitos boatos em relação à minha sexualidade. E isso, para mim, gerou uma série de coisas que, na época, eu não entendia, mas gerou uma insegurança absurda”, disse ele.

Junior destacou que, embora seja heterossexual, sentiu na pele os efeitos da homofobia, por não se encaixar nos padrões tradicionais da masculinidade impostos pela sociedade daquela época. “Sou um homem hétero que frequentemente sofre com a homofobia”, afirmou.

O cantor explicou que cresceu em um ambiente artístico, cercado por mulheres e expressões sensíveis, o que contribuiu para o estranhamento por parte do público.

“Sempre fui um homem que viveu na arte, que viveu dançando, na música, compondo… É um ambiente extremamente feminino, porque estava o tempo todo com a minha mãe e minha irmã. Então, eu tive uma sensibilidade muito aflorada, era um homem simpático, preocupado com as mulheres ao meu entorno. E isso se voltava contra mim. Naquela época, principalmente”, disse Junior.

Era um período muito machista. Então o que isso gerava em mim, e era sempre à base de fofoca, reflete em mim até hoje. Imagina! 20 anos de análise e eu tive que peitar muita coisa e ser muito corajoso para continuar sendo quem eu simplesmente era e não negar a minha sensibilidade, a minha empatia que eu sempre tive. Sempre fui muito preocupado com o próximo. E isso era confundido, sabe? Um cara que se permitia dançar, como assim? E isso me atrapalha até hoje na minha profissão. Tem gente que tem preconceito comigo até hoje”, concluiu o músico.

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