Estresse e obesidade: rotina agitada favorece o ganho de peso
Médico Rafael Coelho explica a relação entre o estresse e a obesidade
Em meio a prazos apertados, jornadas de trabalho longas, cobranças constantes e trânsito caótico, o corpo humano reage. Para muitos, essa reação é silenciosa, crônica e devastadora: o ganho de peso. O estresse crônico e o estilo de vida acelerado são vilões muitas vezes subestimados. Mas como exatamente o estresse impacta o metabolismo e favorece o acúmulo de gordura?
Estresse engorda? A ciência explica.
A resposta curta é: sim. A resposta longa envolve um conjunto de mecanismos fisiológicos e comportamentais. Sob estresse, o corpo ativa o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), liberando o hormônio cortisol, também chamado de “hormônio do estresse”. Quando em níveis elevados por tempo prolongado, o cortisol:
- Aumenta o apetite, especialmente por alimentos ricos em açúcar, gordura e sal (os chamados "comfort foods");
- Estimula o acúmulo de gordura abdominal, considerada a mais perigosa por estar associada ao risco cardiovascular;
- Desregula a insulina, favorecendo resistência à insulina e predispondo ao diabetes tipo 2;
- Afeta o sono, interferindo nos hormônios da saciedade e fome (leptina e grelina);
- Reduz a motivação para atividades físicas, criando um ciclo de sedentarismo.
O estresse crônico está associado a maior risco de obesidade abdominal mesmo em pessoas com IMC normal. Ou seja, o peso na balança nem sempre revela o dano interno causado por uma vida estressante.
Comportamentos que sabotam a saúde sob estresse
Além das alterações hormonais, o estresse favorece padrões de comportamento prejudiciais:
- Comer por emoção: muitas pessoas recorrem à comida como válvula de escape emocional. Estudos mostram que cerca de 40% das pessoas comem mais quando estão estressadas.
- Pular refeições ou comer rápido demais: o ritmo acelerado da vida urbana interfere nos horários e na qualidade das refeições, promovendo desequilíbrios energéticos.
- Sono insuficiente: dormir menos de 6 horas por noite aumenta os riscos de sobrepeso em até 55%, segundo o Nurses' Health Study.
- Sedentarismo: o cansaço mental reduz a energia para atividades físicas, mesmo leves, criando um ciclo negativo.
O que fazer para quebrar esse ciclo?
A boa notícia é que é possível prevenir (e até reverter) esse quadro com mudanças acessíveis no estilo de vida. Abaixo, reuni orientações práticas com embasamento científico.
- Estabeleça rotinas e pausas: criar horários fixos para acordar, comer, se movimentar e dormir ajuda a reduzir a carga de estresse e melhora o funcionamento metabólico. Pequenas pausas durante o dia (para respirar profundamente, alongar ou caminhar) já têm efeitos positivos na liberação de endorfinas.
- Invista no sono: dormir bem regula o apetite, o humor e o metabolismo. Evite telas à noite, reduza cafeína após as 16h e crie um ritual de desaceleração antes de dormir.
- Faça escolhas alimentares conscientes: evite alimentos ultraprocessados, ricos em gordura trans, açúcar e sódio. Eles são inflamatórios e aumentam o cortisol. Prefira refeições equilibradas com proteínas magras, vegetais, fibras, gorduras boas e carboidratos complexos.
- Exercício físico: a prática regular de atividade física é um dos principais antídotos contra o estresse e a obesidade. E não apenas pelo gasto calórico.
- Menos pressa, mais presença
É necessário desacelerar, cuidar da saúde mental e cultivar hábitos que promovam o equilíbrio. Como sempre digo: o corpo não engorda apenas pelo que se come, mas também por aquilo que se sente. É preciso cuidar do todo: mente, corpo e rotina.
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Como prevenir a sarcopenia a partir dos 30 anos?
Alerta! Perda muscular afeta também os mais jovens!
O corpo vai perdendo massa muscular a partir dos 30 anos e isso vais se agravando perto dos 40. Após essa idade, é o que se chama de "ladeira abaixo". Uma rotina de exercícios físicos para aumentar a massa muscular é essencial e isso pode ser adquirido por meio de musculação e boa alimentação. A Sarcopenia é um alerta importante e pode sim ser evitada. Segundo o personal trainer Victor Souza, à medida que envelhecemos, as mudanças físicas vão se acumulando e entre elas está a perda da massa e força muscular, que tem caráter progressivo.
A partir dos 40 anos, mesmo que você pratique atividade física, ocorre gradativamente uma queda da massa muscular de cerca de 1% ao ano. Na terceira idade mais avançada, isso pode significar risco de quedas e fraturas. Praticar exercícios físicos regulares, principalmente os que trabalham a resistência muscular, como musculação e natação, são maneiras eficazes de prevenir esse problema. A orientação de um personal trainer pode guiar de forma personalizada a necessidade de cada paciente, que varia na faixa de 40, 50 e 60+.
Qualitá amplia linha de produtos proteicos com barrinhas de whey em quatro sabores
Foto: Divulgação
Qualitá, marca exclusiva das redes Pão de Açúcar e Extra Mercado, amplia seu portfólio de produtos proteicos com o lançamento da linha de barrinhas com whey protein. Voltadas para quem busca praticidade e mais proteína na rotina, as novidades chegam em quatro sabores: Brigadeiro, Torta de Chocolate e Avelã, Paçoca e Surpresa de Morango. Com 15 a 16g de proteína por unidade e preço de R$12,99, as barrinhas são uma excelente opção para quem deseja suplementar a alimentação diária.
"Saúde e Bem-estar" é atualizada toda segunda-feira no Portal Folha de Pernambuco
Colaboração: jornalista Jademilson Silva
[email protected]
@jademilsonsilva



