Você sabia que o primeiro tablet comercializado no mundo é de 1979?
O primeiro tablet não é como conhecemos hoje e foi vendido nas lojas em 1979
Os tablets, dispositivos móveis com formato de prancheta, se popularizaram em todo o mundo em meados de 2010. Mas qual foi o primeiro modelo inventado? E qual o primeiro modelo comercializado? Quem foi o inventor do tablet? Todas essas perguntas têm respostas diferentes! E você vai entender cada uma delas na matéria de hoje.
Entenda a história do tablet…
Alan Kay é considerado hoje o inventor do tablet. Isso porque ele foi o primeiro a propor a ideia de um “mini computador” no formato dos tablets que conhecemos hoje.
Em 1968, ele apresentou a ideia do Dynabook, que era um "computador pessoal para crianças de todas as idades". Na ideia de Alan, o dispositivo móvel tinha o tamanho de um caderno, não pesava além de 1,8kg e não custava mais do que US$500. Seu software ofereceria atividades educacionais. Entretanto, essa era a ideia do primeiro modelo do que seria um tablet - ela não foi colocada em prática pois a tecnologia necessária para executá-la ainda não era tão acessível como nos dias de hoje. Mas, o título de inventor do tablet é destinado a Alan Kay.
Em 1979, mais de 10 anos depois, a Apple lançou o Apple Graphics Tablet. Ele se assemelhava mais ao que conhecemos hoje como mesa digitalizadora: Permitia os usuários a desenharem na tela com uma caneta com fio e transferir essa criação ao computador. Ele funcionava em conjunto com um software específico do Apple II. É hoje o primeiro conceito de tablet comercializado mundialmente. Entretanto, o Apple Graphics Tablet não foi um sucesso. A produção foi interrompida ao detectarem que causava interferência de radiofrequência, voltando a invenção da Apple à gaveta.
Em 1983, quatro anos depois, a Frog Design foi contratada pela Apple para dar vida ao conceito de “tablet computer”. Um protótipo foi criado, mostrando um tablet quadrado que poderia ser acoplado a: Drive de disquetes e teclados, tendo a caneta para selecionar objetos na tela. Esse modelo foi batizado de “Dengoso”, mas nunca foi comercializado.
Em 1987, mais quatro depois, chegou aos mercados o Write-Top. Lançado pela Linus Technologies, tinha como função converter a letra cursiva do usuário em texto. O dispositivo tinha peso aproximado de 4kgs, levava cerca de 1 segundo para converter 5 letras e sua bateria recarregável durava, aproximadamente, 5 horas. O objetivo do Write-Top era auxiliar profissionais que precisavam fazer notas frequentemente, como uma prancheta eletrônica, tendo como público-alvo médicos (para registros de prontuários), profissionais de seguro (para inserir dados sobre sinistros) e vendedores (para registrar pedidos).
Em 1989, foi lançado o GridDpad Pen Computer, dispositivo mais próximo do que conhecemos como tablet. Ele tinha um modem interno, processador de 20 MHz, conectores para teclado e drives para disquete. Sua tela exibia tons de cinza e a bateria durava 3 horas.
Em 1992, três anos depois, a Microsoft lançou o “Microsoft Windows for Pen Computing”. O dispositivo era dedicado a desenvolvedores de criação de aplicativos, pensando na forma de interagir com a máquina. Embarcando no hype que o dispositivo da Microsoft teve, a Apple lançou seu modelo.
Em 1993, um ano depois, a Apple lançou o Newton - um dos maiores fracassos da marca. O Newton era um PDA (Personal digital assistant ou Assistente Pessoal Digital) que tinha tela sensível a toque, reconhecimento de escrita e tecnologia avançada - tão avançada que a funcionalidade para a época era praticamente impossível de utilizar: Não havia disponibilidade de internet móvel e wi-fi.
Em 1994, no ano seguinte, a Knight Ridder apresentou um dispositivo dedicado à leitura de jornais - muito parecido com os Kindles de hoje. O aparelho tinha tela touchscreen e tamanho de revistas, sendo idealizado pelos estudiosos em como seria o “jornal do futuro”. Esse dispositivo, no entanto, não passou de um estudo - ou seja, não foi lançado comercialmente. Todavia, a ideia apresentava vários conceitos dos tablets atuais, mostrando vídeos e anúncios interativos: O usuário poderia tocar neles, através de uma caneta, para ter visualizações diferentes. Ele não tinha funções de comunicação, dependendo de cartões de memória para transferir arquivos.
De 1995 em diante, diversos dispositivos semelhantes ao que temos atualmente como tablet foram lançados. Mas de um modo geral, nenhum teve grande sucesso comercial. Os principais motivos eram as limitações de memória e o mal reconhecimento do touchscreen. O aparelho acabava se tornando apenas uma agenda eletrônica.
Até meados de 2010, nenhuma empresa emplacou um modelo de tablet mundialmente. Grandes empresas até tentaram, como a Microsoft em 2001 com o Tablet PC. Ele era sensível ao toque e seu sistema era uma versão modificada do Windows XP, específico para operações via caneta e outros utilitários. Mas, foi um fracasso de vendas devido ao alto custo. Outras grandes empresas, como a Nokia, também tentou emplacar as vendas no mercado de Tablet, lançando modelos em 2003 e 2005.
A Microsoft persistiu em 2006, lançando o Origami. Ele era a evolução do modelo de 2001, agora tendo um tamanho menor e uma tela de 7 polegadas. Rodava o Windows XP, mas tinha um baixo poder de processamento - no entanto, o consumo de energia também era baixo e ainda tinha um valor de aquisição alto, sendo um fracasso de vendas, outra vez.
Chegamos ao iPad…
Em Janeiro de 2010, Steve Jobs apresentou ao mundo o primeiro iPad. O dispositivo era considerado um intermediário entre notebooks e smartphones, mas com a promessa de ser bem melhor na navegação web. Sua ficha técnica contava com uma tela de 9,7 polegadas, memória de 256MB e RAM de 64GB. A bateria prometia até 10h de duração. Na época, cumpriu o papel e teve muitas vendas. Mas o pico de vendas foi em 2014, com 26 milhões de unidades vendidas.
Embora o mercado de tablets não tenha sido revolucionário em termos de popularidade, como Steve Jobs dizia, toda a história desse tipo de dispositivo cumpre seu papel no quesito ‘inovação’. Hoje, já temos inúmeros dispositivos que se assemelham com o Dynabook de 1979.
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Referências:
http://www.edibleapple.com/2009/11/23/the-first-apple-tablet-from-1979/
https://www.mobiletime.com.br/museu-movel/26/08/2022/qual-foi-o-primeiro-tablet-da-historia/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Apple_Newton
https://exame.com/tecnologia/empresa-antecipou-ipad-em-1994/
https://www.historiadetudo.com/tablet
https://smartphoneandtabletblog.wordpress.com/2017/04/04/conteudo-em-destaque/
https://www.tecmundo.com.br/3624-a-historia-dos-tablets.htm
https://paolachristineveiga.wordpress.com/2012/04/01/a-evolucao-dos-tablets/
https://www.mundoconectado.com.br/apple/ha-10-anos-o-primeiro-ipad-era-apresentado-para-o-mundo/
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