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Dia Mundial de Combate à Dor: data reforça que saúde é construída através de escolhas corretas

“Dor é uma dádiva divina. As pessoas não deveriam ter medo da dor. Elas só deveriam procurar interpretar a dor e saber o que ela quer comunicar”, ressalta especialista

Pedro Miranda/Arquivo Pessoal

Você sabia que boa parte das dores são provocadas por más escolhas do paciente? Por isso, a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) aproveita o Dia Mundial de Combate à Dor, lembrado em 17 de outubro, para orientar e conscientizar sobre ações que podem evitar, ou, pelo menos, amenizar a dor. A data foi criada, em 2004, pela IASP - Associação Internacional para o Estudo da Dor (International Association for the Study of Pain), uma organização mundial de cientistas e clínicos para o estudo e tratamento da dor. Em Caruaru, o cirurgião dentista Pedro Miranda é membro das duas instituições e esclarece sobre alguns cuidados que as pessoas podem adotar para ter uma vida sem dor.
 
Ter uma vida saudável requer cuidado com o corpo, a mente, com o ambiente e com as relações sociais. Todos esses campos impactam na saúde do ser humano. E se há algo errado, a primeira manifestação no corpo será a dor.

“Dor é uma dádiva divina. As pessoas não deveriam ter medo da dor. Elas só deveriam procurar interpretar a dor e saber o que ela quer comunicar”, ressalta o cirurgião-dentista.

E para ter uma vida com uma boa saúde, a disciplina é fundamental.

“Cômodo é ficar sentado, no sofá bem confortável, com uma pipoca, um refrigerante do lado, assistindo televisão a tarde toda, no sábado, por exemplo. Mas o que é disciplina? É fazer uma alimentação decente com proteínas, gordura, carboidratos, vitaminas, na proporção certa, e depois fazer uma academia, uma caminhada, um esporte ao ar livre. A saúde é construída através de escolhas corretas. E você constrói doença através de escolhas incorretas”, explica Pedro Miranda.

As decisões em relação à alimentação refletem em um número não muito divulgado, segundo levantamento realizado por Pedro Miranda.

“Os ultraprocessados estão associados a diversas doenças como depressão, ansiedade, a 25 tipos de câncer e mata 57 mil pessoas só no Brasil. Mais de 90% dos tipos de cânceres são resultados de escolhas”, destaca.

A saúde mental também depende de decisões tomadas com o foco em resultados do trabalho e não na saúde. Para o especialista, os médicos tratam de doenças, mas, para ter uma boa saúde, a responsabilidade é do paciente, que precisa mudar seus hábitos.

“Eu trabalho com dor desde 2003 e vejo muito sofrimento nos meus pacientes. Eu percebo que, muitas vezes, os pacientes que me procuram têm dores consequentes de comportamentos e de ações que, se mudassem, eles não teriam nem motivo de procurar um profissional para tratar a dor", finaliza.
 
 

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