Seg, 08 de Dezembro

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O especialista Daniel Becker faz palestra gratuita sobre o uso do celular na infância

Será nesta segunda-feira (26), às 19h, no Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE)

Que o celular já faz parte da rotina da população, independente da idade, isso é fato. E que ele auxilia em inúmeras situações do dia a dia, também não há nenhuma dúvida. Mas até que ponto esse aparelhinho presente na sala de aula ajuda ou atrapalha o processo de aprendizagem dos alunos? Até onde ele auxilia mesmo ou distrai e atrapalha a concentração e o ensino. As opiniões se dividem e estudiosos se debruçam sobre o tema para avaliar impactos e trazer nortes. 

Um dos defensores do não uso do celular nas escolas é o escritor, palestrante internacional, sanitarista e pediatra, Daniel Becker (https://www.instagram.com/pediatriaintegralbr/). Ele estará no Recife nesta segunda-feira (26) para fazer uma palestra gratuita e aberta ao público sobre o tema. Será às 19h, no Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão.

Daniel foi um dos especialistas do grupo de trabalho intergovernamental, envolvendo sete ministérios, que criou o guia de uso de dispositivos digitais por crianças e adolescentes, material fundamental para esse público. Também foi um dos maiores incentivadores da lei federal, que proíbe o uso de celulares nas escolas públicas e privadas de educação básica do país. No encontro, ele vai falar sobre a questão das telas e os impactos na saúde física, mental, emocional e social. Também vai abordar uma série de recomendações para as famílias, educadores, sociedade em geral e ao Estado para ajudar jovens a fazerem uso adequado das telas. 

Impactos

Uma das preocupações dele são os impactos que essas novas tecnologias podem provocar. Principalmente a crianças e adolescentes, no processo de desenvolvimento da personalidade e a aprendizagem. Até porque dificilmente o cérebro funcionaria tão bem e com qualidade, estando com atenção voltada à aula e ao aparelho.

Sem falar de efeitos nocivos com o uso excessivo como dependência, mais ansiedade e depressão, prejuízos ao sono, redução na atenção, memória e no aprendizado. Para pais, professores e até no mundo corporativo ronda essa preocupação sobre como agir e quais medidas adotar.

“Quando a gente fala de educação digital, a gente precisa primeiro contextualizar na nossa juventude, na juventude brasileira, o que ela está passando, o que está acontecendo no Brasil, com crianças, adolescentes, jovens, em diversas dimensões”, disse Daniel.

Só para se ter ideia, no mundo, o Brasil é um dos líderes em tempo de tela. Uma pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil mostra que 95% das pessoas entre 9 a 17 anos utilizam o aparelho. Estima-se uma média de uso de pelo menos nove horas diárias. Essa permanência constante e por longo tempo tem levado pessoas a reflexos mentais, sociais e físicos, sendo necessário, muitas vezes, de ajuda médica.

 

 

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