Pousada recebe pessoas que dormiriam na rua
Recife Acolhe oferece a hospedagem e uma equipe psicossocial, de assistentes sociais e psicólogos que vão acompanhar os novos moradores
Dentro do Programa Recife Acolhe, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas (SDSDHJPD), credenciou a primeira empresa de hotelaria da iniciativa municipal. Trata-se da Pousada Solar do Lazer, que fica no bairro de Santo Amaro e passou a acolher, 16 pessoas que dormiriam nas ruas.
Moradia
Nessa hospedagem, a gente tem uma equipe psicossocial, de assistentes sociais e psicólogos que vão acompanhar essas pessoas no dia a dia. Aqui funciona como uma casa, então eles vão ajudar nas demandas pessoais do dia a dia. A gente também tem o educador social que vai acompanhar por 24 horas, com plantão diário e noturno. Qualquer encaminhamento a rede de saúde ou educação também é feito por essa equipe”, explicou a secretária Ana Rita Suassuna.
Turismo
Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Pernambuco (ABIH-PE), Eduardo Cavalcanti, a iniciativa vem também como um respiro para o setor. “A pandemia foi muito cruel em diversos aspectos. O setor hoteleiro ficou completamente suspenso. Tivemos um momento em que 95% dos hotéis e pousadas estavam completamente parados e se reerguer nesse cenário não é fácil”, disse.
Acolhimento
O Programa Recife Acolhe foi lançado com a proposta de reduzir os impactos da extrema pobreza e dos riscos sociais da população em situação de rua, contribuindo com a diminuição da desigualdade social na cidade.
Gratidão
“Nem todo morador de rua usa drogas, nem todo morador de rua é ladrão e nem todo morador de rua joga pedras não. Mas, infelizmente, a gente é morador de rua por causa da situação que o país está passando. A gente procura emprego e não acha. Graças a Deus agora olharam para os moradores de rua e para os idosos. Eu vou fazer de tudo para me comportar direito aqui. Obrigado ao senhor prefeito”, afirmou Carlos de Barros,um dos beneficiados com a hospedagem.

Dignidade menstrual
O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alertam para a importância de políticas públicas que garantam a dignidade menstrual. Apesar do óbvio, muita gente ainda se pergunta porque está se falando tanto sobre a pobreza menstrual. Vamos esmiuçar o assunto?
Pesquisa
Falar de pobreza menstrual é falar de falta de recursos, infraestrutura e informação por parte das pessoas que menstruam para ter o devido cuidado com a higiene e a saúde. É lembrar que falta acesso à água potável e saneamento para milhares de brasileiras. De acordo com a pesquisa “Pobreza Menstrual no Brasil: Desigualdade e Violações de Direitos”, lançada em maio de 2021 por UNICEF e UNFP, no Brasil, 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas. Além de privação de chuveiros em suas residências, 4 milhões de meninas sofrem com pelo menos uma privação de higiene nas escolas.
Dignidade
A ausência de condições sanitárias mínimas para que as pessoas possam lidar com sua menstruação afeta a dignidade, a integridade corporal, a saúde e o bem-estar, sendo um desrespeito aos direitos humanos. E mais, é distanciar muitas meninas das salas de aula, afinal a dificuldade de acessar serviços e a pobreza menstrual podem ser fatores de estigma e discriminação, levando muitas vezes à evasão escolar.
Unicef
Em documento oficial, a Unicef reitera que é essencial que as meninas e adolescentes tenham acesso a informações corretas sobre o tema, além de condições dignas de higiene, e que a discussão seja feita abertamente na sociedade para impulsionar melhorias.
Combate
Em Pernambuco, o Ministério Público, amanhã (03), faz a entrega de absorventes, dentro da Campanha de Visibilidade e Combate à Pobreza Menstrual, realizada no mês Outubro Rosa, através do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Cidadania (CAO Cidadania) junto ao Núcleo de Apoio à Mulher (NAM). Ao todo serão beneficiadas 35 lideranças e entidades comunitárias que trabalham com mulheres em situação de vulnerabilidade. A entrega será às 15h, no Centro Cultural Rossini Alves Couto, para as entidades contempladas.



