Sáb, 06 de Dezembro

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Erisipela: conheça sintomas, riscos e formas de prevenção

Segundo o cirurgião vascular Esdras Marques, a erisipela pode acometer qualquer parte do corpo

O cirurgião vascular Esdras Marques, do Hospital Jayme da Fonte.O cirurgião vascular Esdras Marques, do Hospital Jayme da Fonte. - Walli Fontenele

A erisipela é uma infecção cutânea provocada por bactérias que pode acometer pessoas de todas as idades.  A condição, mais comum em quem tem as chamadas “frieiras”, apesar de pouco conhecida, é bastante perigosa e pode levar à morte. 

Segundo o cirurgião vascular Esdras Marques, do Hospital Jayme da Fonte, a doença é mais comum nos membros inferiores, mas pode surgir em qualquer parte do corpo.

O que causa a erisipela?
De acordo com o médico, a infecção causada pela bactéria atinge o tecido de gordura, que fica abaixo da pele, e de um grupo de vasos, os chamados vasos linfáticos. 

“A bactéria que causa a erisipela vive normalmente na pele, mas quando encontra um ferimento, ela entra no organismo e causa a infecção. Qualquer lesão pode ser uma porta de entrada, como as frieiras, que são feridas provocadas por fungos”, explica o cirurgião.

Ainda segundo o especialista, os principais sintomas incluem vermelhidão, inchaço, febre alta e queda no estado geral, inclusive com falta de apetite. No entanto, a gravidade da condição pode variar. 

“Existem casos leves, nos quais pode até não haver vermelhidão, e existem casos bem graves, onde pode haver a necrose da pele com feridas extensas”, alerta o especialista.

Tratamento
O cirurgião vascular explica ainda que as prescrições do médico especialista para o tratamento da erisipela dependem da gravidade da condição do paciente. 

“Na maioria das vezes, antibióticos orais são suficientes e podem ser administrados em casa. Porém, em casos mais graves, é necessário internamento para o uso de antibióticos venosos”, esclarece Marques.

Além disso, populações específicas, como pacientes idosos frágeis e diabéticos, principalmente aqueles que não possuem a condição controlada, têm maior predisposição a desenvolver complicações graves, como as formas necrotizantes, que frequentemente exigem intervenção cirúrgica.

Como prevenir a erisipela?
Para prevenção, segundo o médico, o cuidado diário com a pele é fundamental.

“É preciso proteger a pele contra lesões. Enxugar bem entre os dedos para evitar frieiras, usar hidratantes na pele das pernas e, em casos de inchaço crônico nos membros inferiores, recorrer a meias elásticas”, orienta Esdras.

Além dos cuidados diários, a atenção aos ferimentos na pele é crucial para evitar que a bactéria encontre condições favoráveis para se proliferar. 

“Para pacientes com maior propensão à erisipela, o uso de antibióticos preventivos também pode ser necessário”, conclui o cirurgião vascular.

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