Excessos alcoólicos podem causar prejuízos cardiovasculares; veja como se cuidar
Dentre os problemas mais comuns, estão pico hipertensivo, arritmia, edema pulmonar e até mesmo AVC
O brinde à meia-noite é clássico, assim como a presença de algumas bebidas nas mesas das festas de fim de ano. As mais comuns costumam ser alcoólicas, como o champagne ou o espumante, e elas podem ser consumidas, mas sem exageros.
Cardiologista da Intercordis, clínica especializada do Hospital Jayme da Fonte, Claudia Braga chama atenção para os problemas que podem surgir pelo consumo descontrolado de algumas substâncias. "É preciso ter cuidado, principalmente quem tem problemas cardiovasculares, como os hipertensos e renais crônicos", alerta.
Essa atenção é necessária não só com a bebida, mas também com os acompanhamentos consumidos junto. "Os aperitivos são, em sua maioria, excessivamente salgados, o que aumenta o risco de descompensar alguma doença pré-existente", complementa Braga.
Consequências do exagero
Para quem perde a mão, os riscos são altos. Os pacientes podem apresentar desde quedas, devido à interferência do álcool no senso de equilíbrio, a quadros de infarto.
"Os problemas mais comuns costumam ser os picos hipertensivos, as arritmias, os edemas pulmonares, quadros de AVC, uma piora de um quadro de doença renal e até mesmo um aneurisma cerebral", elenca a médica.
Outra ocorrência comum a quem bebe de forma exagerada é a perda da memória recente, ou seja, beber demais pode fazer a pessoa "esquecer" o que fez no dia anterior
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Correndo atrás do prejuízo
Caso o paciente já tenha cometido o excesso, existe a possibilidade de sofrer consequências menos danosas, mas ainda assim preocupantes.
"Entre os sintomas mais frequentes, estão a cefaleia intensa, palpitações e uma falta de ar repentina", diz. Nesses casos, é fundamental buscar ajuda médica imediata: "O paciente não deve tratar com medidas caseiras. Ele deve buscar ajuda médica hospitalar."
Cardiologista Claudia Braga alerta para os perigos de beber em excesso - Foto: Alexandre Aroeira/Folha de PernambucoMas se o paciente tiver noção do excesso cometido, mesmo que não tenha apresentado nenhum sintoma anormal, ele também pode adotar algumas medidas por precaução, como se hidratar bem, priorizar uma dieta rica em carboidratos para absorver esse álcool.
"Inclusive, é interessante que o paciente se alimente bem e se hidrate enquanto ingere bebidas alcoólicas.”



