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Herpes-zóster pode levar à morte? Infectologista responde e fala sobre prevenção

Especialista explica como é feito diagnóstico e tratamento

Doença pode causar óbito, a depender da gravidade e tratamentoDoença pode causar óbito, a depender da gravidade e tratamento - Freepik

Uma doença que faz parte da família Herpesviridae, a herpes-zóster é infecciosa e aguda. Causada pela reativação do vírus da catapora, chamado de varicela-zóster (VVZ), ela é caracterizada por dores intensas no corpo e erupção cutânea unilateral, que é a formação de vesículas cheias de líquido que forma uma crosta, apenas de um lado. Pode acarretar complicações e outras formas clínicas graves, inclusive, levar à morte.

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A estimativa do Ministério da Saúde do Brasil é de que surjam cerca de 3 milhões de casos de varicela ao ano. No período de 2006 a 2016, ainda segundo a pasta, o número de internações no Brasil variou de 4.200 a 12.600, por ano, no Sistema Único de Saúde (SUS).

O VVZ permanece em latência no organismo humano durante a vida. Também possuem grandes probabilidades de desenvolvimento da doença as pessoas que têm comprometimento imunológico. Ou seja, aquelas que têm doenças crônicas, como hipertensão e diabetes ou também acometidas com câncer, Aids, transplantados e outras.

De acordo com o infectologista do Hospital Jayme da Fonte, Cleiton Ramos, uma a cada três pessoas vai apresentar a reativação do vírus da catapora. Com isso, ela começa a sentir a dor intensa, geralmente na região dorsal. Em seguida, aparecem as formações bolhosas. Contudo, Ramos diferencia a herpes-zóster da herpes simples.

Cleiton Ramos é infectologista do HJF | Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

“A herpes simples acomete os lábios e a parte genital. As pessoas que apresentam a herpes-zóster são aquelas que, na infância, já tiveram a catapora. Então acabam reativando por um problema de queda da imunidade, mas isso ocorre principalmente a partir dos 50 anos de idade”, adianta o especialista.

Diagnóstico

O diagnóstico da doença não é obtido através de exames laboratoriais. Os testes sorológicos mais utilizados para detecção são ensaio imunoenzimático (Elisa); Aglutinação pelo látex (AL); Imunofluorescência indireta (IFI), embora a reação em cadeia da polimerase (PCR) seja considerada o padrão ouro para o diagnóstico de infecção pelo VVZ (principalmente em caso de varicela grave).

“Os antivirais não tratam o vírus em si, mas fazem com que a doença reduza a intensidade e dure menos tempo. A principal dica [para prevenir] é a vacinação. Hoje nós já temos vacinas seguras, que são mais modernas, que são indicadas para pessoas acima dos 50 anos de idade e pessoas que apresentam algum tipo de indicação específica por conta de questões imunológicas”, acrescenta o infectologista.

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