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No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas convivem com a osteoporose e apenas 20% sabem ter a doença

Silenciosa, a osteoporose raramente apresenta sintomas antes que chegue a um estágio mais grave

Ter pais ou avós com indícios de osteoporose, como fratura no quadril após uma pequena queda, está associado a um risco maior de desenvolver a osteoporoseTer pais ou avós com indícios de osteoporose, como fratura no quadril após uma pequena queda, está associado a um risco maior de desenvolver a osteoporose - Divulgação

A osteoporose é uma enfermidade caracterizada pela redução da qualidade e da densidade mineral óssea, causando predisposição à fragilidade dos ossos e risco aumentado de fraturas

O dia 20 de outubro é reservado para a conscientização dessa doença que não tem cura, e é por isso que a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) reforça a importância da campanha e alerta para a prevenção à patologia.

Estima-se que a cada três segundos ocorra uma fratura osteoporótica em algum lugar do planeta. São aproximadamente nove milhões de fraturas, anualmente, em todo o mundo. No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas convivem com a osteoporose e apenas 20% sabem ter a doença que provoca 200 mil mortes por ano no país.

“Existem muitos variáveis que aumentam a chance de desenvolver osteoporose, como a idade, o gênero e até a origem étnica. As mulheres são mais suscetíveis à perda óssea do que os homens. Aquelas no período pós menopausa e aquelas que retiraram os ovários ou que tiveram menopausa precoce, antes dos 45 anos, devem prestar maior atenção à sua saúde óssea”, alerta Ivete Berkenbrock, presidente da SBGG.

A osteoporose também afeta os homens e pode ser ainda mais fatal para eles. “Cerca de 20-25 % de todas as fraturas de quadril ocorrem em homens mais velhos. Estima-se que cerca de 80 mil homens fraturem o quadril anualmente. Além disso, eles têm maior probabilidade de ficar com alguma sequela”, aponta a presidente.

A patologia possui um forte componente genético, ou seja, o histórico familiar está muito relacionado ao risco de ter a doença. Por isso, é preciso dar atenção aos sinais. Ter pais ou avós com indícios de osteoporose, como fratura no quadril após uma pequena queda, está associado a um risco maior de desenvolver a osteoporose. Os locais mais comuns atingidos pela osteoporose são a coluna (vértebras), a bacia (fêmur), o punho (rádio) e braço (úmero).

Doença silenciosa
A osteoporose é uma doença silenciosa, raramente apresenta sintomas antes que chegue a um estágio mais grave, isto é, uma fratura óssea. “A osteoporose, uma condição que cursa com perda de massa óssea deve ser tratada com dieta, exercícios prescritos por profissionais e também com medicamentos sempre sobre orientação médica”, aponta Dra. Ivete Berkenbrock.

Tratamento
O tratamento para a osteoporose deve incluir exercícios e alguns medicamentos, mas sempre com orientação médica. “Há diversas classes de medicamentos que poderão ser utilizadas, porém, a seleção do medicamento deverá ser feita pelo médico especialista de acordo com as particularidades de cada paciente. Além disso, medidas para melhora do equilíbrio e marcha são importantes estratégias para a prevenção de quedas e fraturas”, explica a presidente da SBGG.

Ainda de acordo com a especialista, para um futuro sem osteoporose ou fraturas, as principais dicas são: “exercitar-se regularmente, incluindo exercícios de fortalecimento muscular e treinamento de equilíbrio, além de evitar hábitos prejudiciais, como tabagismo, bebidas alcoólicas, etc”, finaliza Dra. Ivete Berkenbrock, presidente da SBGG.

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