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Psoríase: você sabe como identificar a doença?

Além da questão genética, a psoríase também está relacionada a diversos fatores

Helena Carneiro Leão, reumatologista do Hospital Jayme da FonteHelena Carneiro Leão, reumatologista do Hospital Jayme da Fonte - Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco

Vermelhidão, coceira, dor. A psoríase é uma doença crônica da pele, não contagiosa, que causa manchas rosadas ou avermelhadas. Ela atinge homens e mulheres igualmente, em qualquer idade. A sua causa ainda é desconhecida, mas seu principal fator é predisposição genética, junto com fatores ambientais ou de comportamento.

“A psoríase é uma doença inflamatória, crônica, sistêmica e recorrente. Ela tem várias formas de apresentação e pode comprometer pele, mucosa e manifestações articulares e oculares também. Geralmente o paciente procura primeiro um dermatologista, porque na maioria das vezes a apresentação inicial da doença é o envolvimento da pele, couro cabeludo ou unhas. A manifestação articular, em geral, aparece após algum período de tempo da doença na pele, mas em alguns casos ela pode aparecer inicialmente”, explica Helena Carneiro Leão, reumatologista do Hospital Jayme da Fonte.

Além da questão genética, a psoríase também está relacionada a diversos fatores, como traumas (físico, químico ou queimadura solar, por exemplo), infecções, drogas, estresse emocional, entre outros. Os sintomas variam de paciente para paciente, mas os mais comuns são: manchas vermelhas, pele ressecada e rachada, coceira, queimação e dor. Psoríase não tem cura, mas tem tratamento. Não há como prevenir a doença, embora seja possível controlar a reincidência.

“Há tratamento farmacológico, feito por um dermatologista, mas também há os não farmacológicos, que é um tratamento que muitas vezes é preciso de terapia, psicoterapia, para uma condução adequada dos sintomas. Dentre os tratamentos para o quadro articular, temos o uso de anti-inflamatórios, de drogas modificadoras da doença e a terapia imunobiológica”, comenta a médica.

Doença não tem cura

Se aparecer uma lesão ou uma anormalidade na pele, procure um médico. Porque o diagnóstico precoce leva ao tratamento adequado e é mais fácil atingir o controle da atividade da doença, evitando as sequelas articulares, que são o estágio mais grave da psoríase e que limitam a capacidade funcional.

“Por ser uma doença crônica, que tem fatores ambientais e genéticos não muito bem esclarecidos, não existe exatamente uma prevenção, mas é importante pontuar a detecção precoce dos sintomas para um acompanhamento correto. É uma doença recorrente, então os quadros mais leves podem evoluir de forma muito benigna, sem precisar de medicação, apenas de acompanhamento clínico, mas temos que destacar que também existem as formas mais agressivas que precisam intervir mais rápido”, finaliza a reumatologista.

 

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