A biografia de Jomard Muniz de Britto
Lançamento do livro “Jomard Muniz de Britto - Professor em transe”, biografia pela Cepe, será neste sábado, às 16h, no Cinema do Museu
Há quem se encha de lisonja ao ser biografado. Não é o caso do poeta, cineasta, performer, agitador cultural, crítico, escritor - uma adjetividade plural que Jomard Muniz de Britto nunca tomou para si. Prefere ser singular, sem rótulos nem títulos. Apenas o do livro: “Jomard Muniz de Britto - Professor em transe” (R$ 80), biografia que celebra seus 80 anos e dá continuidade à coleção “Memória”, escrita por Fabiana Moraes e Aristides Oliveira e que será lançada pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), neste sábado (08), às 18h, no Cinema do Museu, na Fundação Joaquim Nabuco, em Casa Forte. “Não sou memorialista. Conheço intelectuais que louvaram suas memórias. Mas acho que é melhor viver a vida do que estar rememorando”, disse o professor à Folha de Pernambuco.
Não espere, portanto, datas precisas ou mesmo verdades absolutas nesse livro. Esse foi o primeiro desafio para a dupla de biógrafos. Mas a tarefa da escrita não foi árdua, pois o personagem já é bastante familiar a Aristides, que lançou o livro “O Palhaço Degolado” (1977), sobre um dos filmes mais marcantes feito por Jomard, em que questiona o imperialismo cultural vigente, a ideia de tradição tão arraigada na cultura pernambucana, e que provoca seus principais alvos de críticas: Ariano Suassuna e Gilberto Freyre. Já Fabiana - professora de Design e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e jornalista - fez seu début no universo da biografia, mas não no de Jomard, onde já mergulhara em matérias jornalísticas.

