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Cinema

A Lista de Schindler, crítica

A historia de 1.101 vidas

FilmeFilme - Foto: Divulgação

Durante a Segunda Guerra Mundial, Oskar Schindler foi para Cracóvia na esperança de lucrar com a guerra. Um homem inteligente, ambicioso e acima de tudo humano, com uma indústria aberta e o seu fiel escudeiro judeu Itzhak Stern.

Fez muito dinheiro com a mão de obra judia, Schindler trata com respeito e dignidade todos a sua volta. Um dos melhores diálogos do filme é o momento que Stern, ao conhecê-lo, diz: “Pela lei preciso lhe dizer que sou judeu” e ele responde: “E eu alemão, e daí?”.

Ao decorrer do filme, o empresário vai se afeiçoando mais aos operários e faz uma arriscada jogada, produzindo uma lista. Usando a sua fábrica de munições como fachada para salvar 1.100 pessoas da morte.

Os schindlerjuden salvos são mostrados no fim do filme visitando o túmulo do seu salvador. Durante todo o longa, várias vezes ele se passa por cruel para cuidar dos judeus nos campos de concentração.

Apesar de ter salvado tantas pessoas sua imagem não é mostrada como messiânica, pelo contrário, cada noite há uma mulher diferente na cama de Schindler e ele chegar a beijar uma judia na frente de diversos oficiais da SS.

O filme não mostra toda a caminhada de Schindler depois da guerra até sua morte, em 1974. Depois de falido, ele foi sustentado por comunidades judaicas e, em 1963, recebeu o título de Justo Entre as Nações, conferido a gentios que se arriscam pela vida de judeus.   

O filme dirigido por Steven Spielberg usa o preto e branco para dar um tom nostálgico às cenas. Tal recurso dá um tom poético na cena que acontece durante a invasão do gueto, os soldados estão tirando as pessoas de suas casas e às vezes matando algumas e uma garotinha se destaca com seu vestido vermelho. Um pingo de inocência no meio daquela carnificina, é de cortar o coração, na sequência do filme a mesma menina é destacada com seu vestido, porém morta.

A violência expressada na obra é extrema e explícita. A caracterização dos figurantes nos campos de concentração é incrivelmente realista e a dor é quase palpável. 

O filme recebeu sete estatuetas do Oscar em 1994, entre os prêmios os de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado. Também sete prêmios do BAFTA e outros três Globos de Ouro.

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