Sáb, 06 de Dezembro

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Cinema

Academia vai "rastrear" membros para garantir que votantes viram todos os filmes indicados ao Oscar

Eleitores terão sistema de streaming exclusivo fiscalizado ou precisarão preencher formulário com detalhes de quando e onde assistiram às obras

Oscar - A nova regra, que aborda uma antiga preocupação de que os votantes estão "pulando" alguns filmes, será aplicada à próxima cerimônia do prêmio, em março de 2026Oscar - A nova regra, que aborda uma antiga preocupação de que os votantes estão "pulando" alguns filmes, será aplicada à próxima cerimônia do prêmio, em março de 2026 - Foto: Robyn Beck / AFP / CP Memória

Os eleitores do Oscar precisarão comprovar que assistiram a todos os filmes de cada categoria antes de votarem, anunciou a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas nesta segunda-feira.

A nova regra, que aborda uma antiga preocupação de que os votantes estão "pulando" alguns filmes, será aplicada à próxima cerimônia do prêmio, em março de 2026, diz o comunicado.

A Academia operava anteriormente sob um sistema de honra, no qual os eleitores assistiam a todos os filmes indicados ao Oscar antes de votarem.

No entanto, com o número de indicados crescendo nos últimos anos, alguns eleitores admitiram não cumprir plenamente essa obrigação.

Mas como a nova regra terá a aplicação fiscalizada?
Com o novo sistema, os membros da Academia serão rastreados na plataforma de streaming exclusiva para eleitores da organização para garantir que assistiram a cada filme.

Para filmes vistos em outros lugares, como cinemas ou em exibições em festivais, os eleitores precisarão "preencher um formulário" atestando quando e onde a obra foi vista, de acordo com o Hollywood Reporter.

Somente na categoria de Melhor Filme, que conta com 10 filmes indicados, os estúdios concorrentes tradicionalmente organizam eventos luxuosos para atrair eleitores durante suas campanhas de premiação, com festas, exibições e exibições em festivais, às vezes seguidas de sessões de perguntas e respostas com as estrelas e cineastas.

A Academia também se pronunciou sobre uma controvérsia surgida durante a última temporada de votação, marcada por questionamentos sobre o uso de inteligência artificial em filmes como "O Brutalista" e "Emilia Perez".

Em diretrizes divulgadas na segunda-feira, a Academia afirmou que a IA e outras ferramentas digitais "não ajudarão nem prejudicarão as chances de obter uma indicação".

A nova regra esclarece que o uso da tecnologia não desqualifica as obras.

"A Academia e cada órgão julgarão o grau em que um ser humano esteve no cerne da autoria criativa ao escolher qual filme premiar", destacou a organização.

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