Angela Ro Ro: relembre frases e histórias marcantes da cantora, que morreu aos 75 anos
Cantora deixou coleção de frases de impacto e histórias curiosas
Polêmica e com gênio forte, Angela Ro Ro, que morreu nesta segunda-feira, aos 75 anos, foi conhecida não apenas por sua grande voz. A cantora, que estava internada desde julho, deixou uma coleção de frases de impacto e de histórias curiosas que já fazem parte da mitologia da MPB.
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Relembre algumas abaixo.
“A vida de Rimbaud foi a do Pato Donald comparada à minha”
A referência ao poeta maldito francês, que atravessou desertos na África e morreu de câncer muito jovem, foi tirada da biografia do site oficial da cantora. Angela sempre viveu no limite. Quando completou 20 anos de carreira, em 1999, a cantora compartilhou alguns de seus dramas em entrevista à Folha de S. Paulo.
"Perdi a minha mãe em maio. Passei por uma barra pesada digna do poeta que escreveu 'Uma Temporada no Inferno' e morreu após ter a perna amputada".
"Essa mulher já foi minha!"
É o que Angela gritou no meio de um show de sua ex-namorada Zizi Possi em 1980, após um fim de romance conturbado.
Angela saiu com a imagem arranhada por ter revelado a bissexualidade de Zizi Possi, mas principalmente pelo rumor de que ela teria agredido a ex. Angela sempre negou a agressão e até hoje guarda mágoa pelo fato de Zizi Possi não ter desmentido o fato.
"Nunca dei um tapa nela e nem ela em mim. E até hoje eu carrego essa cruz de infâmia e calúnia. [...] Ela calou, e quem cala consente. Eu fiquei com essa má fama, mas só acredita nessa fama quem não presta", disse ela.
"Comecei a fumar com 11 anos, comecei a beber de brincadeira com 20 para desinibir. Desinibi tanto que quase o fígado veio para fora"
Angela falou abertamente sobre sua relação com a bebida e o cigarro em diversas entrevistas. Em 2016, disse à Revista Época que era "PhD no assunto".
"Álcool quando pega é uma desgraça. Por isso que parei. As empresas têm me pedido para conversar com dependentes. Mas faço tudo sem mesuras, sem politicamente correto, vou direto ao ponto. E, claro, também canto músicas e conto histórias. Eles se envolvem", explicou.
"Tinha aquela guitarrinha lá, mas como eu ia gravar algo que falava: ‘Sou uma garotinha esperando o ônibus da escola'"
Angela se recusou a gravar “Malandragem”, oferecida a ela por Cazuza e Frejat, e que acabaria eternizada na voz de Cássia Eller. Depois, acabou incorporando a música em seu repertório com toda sua personalidade dramática.
Em uma conversa com Frejat no Canal Brasil, ela relembrou o caso:
"Em 1988, eu estava morando em Araras, Petrópolis. Você e o Cazuza fizeram uma música e o Caju me mandou uma fitinha com ‘Malandragem’. Eu, estúpida, telefonei para o Cazuza e falei que ele estava louco! Tinha aquela guitarrinha lá, mas como eu ia gravar algo que falava: ‘Sou uma garotinha esperando o ônibus da escola’. Vocês tinham enlouquecido. Eu estava fazendo um disco que era com músicas mais minhas. Acabou que, fantasticamente, ela acabou com nossa grande paixão, Cássia Eller. O que deu na cabeça de vocês para indicar ‘Malandragem’ para mim!"

