As Flores e as Abelhas Nativas
As abelhas nativas, por meio da polinização, garantem a perpetuação da vegetação local, ou seja, a manutenção de nossos diversos biomas.
O cultivo de plantas nas áreas urbanas e locais de pequenos espaços cada momento se fortalece mais. Diante dos textos anteriormente publicados de como montar uma horta, tanto quanto fazer a própria compostagem tiveram o objetivo de agregar conhecimento técnico e experiência de profissionais que trabalham na área.
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Não existe natureza sem insetos, e muito menos sem abelhas. Assim, o texto de hoje foi escrito por Simone Miranda e Tiago Franca.
Simone Miranda - As Abelhas Indígenas Sem Ferrão são abelhas nativas da América Latina, das regiões de clima tropical e tropical de altitude. Desde México, Costa Rica, Colômbia, Amazônia ao sul do Brasil, podemos listar centenas de espécies destas abelhas. No Brasil, temos aproximadamente 300 espécies de abelhas nativas identificadas cientificamente. São abelhas mais dóceis e seu mel com valor medicinal maior quando comparado às abelhas do gênero Apis, que são abelhas que possuem ferrão e que foram trazidas para o Brasil inicialmente da Europa durante período de colonização e séculos depois também foi introduzida a espécie africana.
Em Pernambuco, a Meliponicultura, criação de abelhas sem ferrão,faz parte da tradição e cultura popular. Cantada por Luiz Gonzaga, “Mandaçaia, Jandaíra, Sanharó e Uruçufaz o mel que admira”. Na canção “Minha Fulô”, mestre Luiz registra sabiamente as flores do sertão visitadas pelas abelhas nativas.
A importância destas abelhas para nossas vidas deve-se ao fato de que através de polinização especializada as abelhas nativas garantem a perpetuação da vegetação local, ou seja, a manutenção de nossos diversos biomas, como a Mata Atlântica e a Caatinga. Cada espécie de abelha nativa está intrinsicamente relacionada ao clima e a vegetação local.
Devido a desequilíbrios ambientais, em consequência do crescimento das cidades, de desmatamentos e do uso de agrotóxicos no campo, diferentes espécies de abelhas estão ameaçadas de extinção. Porém, algumas espécies de abelhas nativas apresentam boa adaptação a ambientes urbanizados, desde que se tenha néctar e pólen disponíveis para sua alimentação. Podemos nos deparar com estas belezuras “beijando” pequenas flores nas ruas ou mesmo em uma curiosa movimentação em orifícios de muros, onde costumam instalar seus ninhos. Entre outras espécies, a Jataí e a Mirim são exemplos de abelhas frequentes nas cidades.
A disponibilidade de flores para essas pequenas abelhas é fundamental para sua sobrevivência nas cidades. Além dos parques e da arborização urbana, cultivar pequenas flores atrativas para as abelhas contribui para manutenção de ninhos urbanos de abelhas nativas. Até mesmo para quem nem pensa em se tornar um meliponicultor, pode cultivar flores para as abelhas nativas. Algumas plantas melíferas que fornecem alimento para as abelhas: manjericões, coentro, trevos, jambú, tomates, bredo, girassóis, arnica, sabugueiro. Estas três últimas para quem tem quintal. As demais até em uma janela ou varanda é possível cultivar, desde que receba luz solar. E todas para quem deseja se deliciar com o espetáculo da polinização.
Tiago Franca - As abelhas melíferas são importantes na economia para a produção de mel .sendo esse um produto direto da ação da abelha ou seja sofre poucas modificações no processo até o consumidor final.e importante ressaltar algumas características típicas de cada abelha conforme o tipo.a região e as características florais e locais.
Para entender isso precisamos saber que o mel depende de uma temperatura ótima para ser sintetizado e sabendo que a temperatura influencia na produção sabe que maior produção quando aumenta com variação de temperatura depende diretamente do tipo de planta .
Geralmente flores típicas de regiões quentes possuem adaptações desenvolvidas para o processo de polinização sendo uma dessas adaptações a formação de substâncias com odor e cheiro mais fortes e agradáveis a abelha sendo por exemplo comuns algumas dessas substâncias fenois .O fenois por sua vez atraem as abelhas e pela sua prosa natureza e composição fornecem nutrientes para o mel que deixam suas características terapêuticas mais interessantes para o uso e consumo comi remédios populares. Pensando nisso tem se algumas espécies de flores comuns nas regiões que produzem frutos que podem desenvolver características próprias. Por exemplo temos a flor de laranja -a laranja que é a fruta típica desse pé tem comumente suas propriedades ligadas à vitamina C presente em sua composição. Normalmente usada para fortalecimento do sistema imunológicos. a polinização desta flor por parte da abelha pode levar ao mel além das características básicas comum a todos os meles ter um componente a mais que da ao mel um certo Plus..Como a presença da vitamina C em proporções enriquecidas no alimento. Sendo um subproduto com qualidades interessantes.
A laranjeira como exemplo é uma planta de fácil cultivo e tipicamente desenvolve se bem em temperaturas ótimas entre 15 a 34 graus sendo incomum em climas muito frios. Outro exemplo que tem é o chuchu. Sim, o chuchu e sua flor podem trazer ao mel e as nossas pequenas abelhas um sabor acentuado e além do que permite o uso do mel com maior eficácia na cura de diversas doenças.
Profissionais que contribuem com a coluna Holística Vida Verde (agradeço por sempre tirarem as nossas dúvidas e colaborarem com os seus textos sempre que solicitados):
Anamaria Pereira – Agrônoma e Doutora em Horticultura – Petrolina-PE.Contato: (87) 99925.1890 (Tim e WhatsApp) – E-mail: [email protected].
Simone Miranda - Agrônoma especialista em Agroecologia – Recife-Pe. WhatsApp: 99769-5236 - Email: [email protected] - Facebook: https://www.facebook.com/melihortas/
Tiago Franca – Técnico Ambiental e Gestor Administrativo – Chapecó-SC. Contatos: (49) 99836.8046 (Tim e WhatsApp) – E-mail: [email protected].
Milhões de beijos iluminados,
Mariomar Teixeira - Numeróloga & Consultora: de Feng Shui, de 4 Pilares e de Zi Wei Dou Shu. Contatos: (81) 99807.4568 - Tim e WhatsApp / (81) 99100.9617 (Claro) – E-mail: [email protected]. Instagram: @mariomar_teixeira
Perfil
Mariomar Teixeira é formada em Secretariado na UFPE com mestrado em Extensão Rural e Desenvolvimento Local na UFRPE. Filha, esposa e mãe. Ama ler, estudar, tricotar e cozinhar. Dedica-se aos estudos de metafísica desde 1980, principalmente Numerologia. Em 1993, além de assumir um concurso público federal, também o trabalho como numeróloga é reconhecido. Colunista da Folha de Pernambuco de 1998 a 2005, coluna Numerologia. No mesmo período foi colunista da Revista Club com as colunas: Holística e Lançamento de livros. Professora e Consultora de Feng Shui desde 1997.
* A Folha de Pernambuco não se responsabiliza pelo conteúdo das colunas.

