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Diversão

Balé do Teatro Castro Alves apresenta Lub Dub

Trilha sonora tem percussão oriental e afro-brasileira, efeitos incidentais, canto e sons ao vivo. Montagem faz parte da Mostra Brasileira de Dança

Montagem da peça Lub Dub, do Balé do Teatro Castro AlvesMontagem da peça Lub Dub, do Balé do Teatro Castro Alves - Foto: Divulgação/ BTCA

 

O caráter percussivo do coração é a referência para o título do mais recente espetáculo do Balé Teatro Castro Alves (BTCA), da Bahia. "Lub Dub", para a medicina, são os dois principais sons dos batimentos cardíacos, produzidos pela abertura e fechamento das válvulas que permitem a passagem do sangue.

"É uma metáfora da própria vida, dos movimentos humanos e da energia vital que impulsiona o nosso corpo", explica Antrifo Sanches, diretor artístico da companhia, que integra a programação da 14º Mostra Brasileira de Dança, com apresentações nos dias 5 e 6 de agosto, às 20h, no Teatro de Santa Isabel.
A montagem, que estreou em abril deste ano, é uma criação do coreógrafo, dançarino e músico sul-coreano Jae Duk Kim. O encontro entre o grupo baiano e o artista asiático ocorreu em 2015, na Bahia.

"Todos os anos, o Festival Vivadança realiza uma rodada de negócios. Foi em um desses eventos que eu conheci o Marcelo Zamora, que representa o Jae no Brasil. Depois, fui assistir a uma apresentação dele em Natal. Fiquei encantado com o que vi: uma cena bastante contemporânea e vigorosa, juntando música e coreografia", diz o diretor.
Após o primeiro encontro, Antrifo e Jae Duk Kim passaram a conversar sobre a possibilidade de uma parceria nos palcos. O projeto só saiu do papel em abril de 2017, quando o sul-coreano voltou ao Brasil para criar o trabalho.

"Ele chegou no País no primeiro dia do mês e nós estreamos já no dia 28. Foi um processo muito intenso. Ensaiávamos de segunda a sexta-feira, manhã e tarde", relembra.
Segundo o diretor artístico do balé, a comunicação não foi um problema durante os ensaios. "Conversávamos com ele em inglês, sem nenhum problema. A única dificuldade foi o entendimento do movimento oriental pelo corpo brasileiro", aponta.

"O coreógrafo chegou com uma proposta de movimento bem diferente daquilo que os bailarinos estão acostumados. Ele vai do total silêncio à queda repentina de dinamismo, em questão de instantes, causando uma sensação de vertigem", completa.
O próprio Jae Duk Kim assina a trilha sonora, que tem como base instrumentos percussivos orientais e afro-brasileiros, efeitos incidentais, canto e sons ao vivo. O bailarino e cantor Gilmar Sampaio sobe ao palco para interpretar algumas músicas.

"O resultado é um espetáculo vibrante e que emociona muito. É uma obra que faz com que as pessoas saiam chorando do teatro, coisa rara de acontecer na dança", afirma.
Difusão
Primeira companhia de dança pública do Norte e Nordeste, o BTCA completou 36 anos de existência. "Ao longo dessas décadas, o grupo já criou mais de 80 coreografias e empregou mais de 200 profissionais, fora os bailarinos.

Além de ser um importante difusor da dança baiana, a companhia é também um espaço de profissionalização de pessoas que vivem para a dança", avalia Antrifo, que dançou no grupo entre 1997 e 1997, e assumiu a diretoria em 2015.
Serviço:
Espetáculo "Lub Dub"
Quando: 5 e 6 de agosto, às 20h
Onde: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio)
Quanto: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada)
Informações: (81) 2626-2605

 

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