Banda Má Companhia comemora três décadas de rock
Uma das bandas mais emblemáticas do rock em Pernambuco, a Má Companhia juntou um baú de boas histórias dos palcos e bastidores a um repertório clássico que mantém fãs em todos os shows
Nas três últimas décadas, muita gente andou com a Má Companhia, de Alexandre Barreto - o Xandinho, Sérgio Eduardo e João Eduardo. Três roqueiros pernambucanos que respondem pela formação atual da banda, criada no Recife, em 1988. O tempo passou rápido e eles continuam com o mesmo espírito livre dos que amam o rock e, sobretudo, amam tocar um instrumento.
Vocalista, Xandinho adotou o violão como seu principal parceiro. João ficou com a bateria e Sérgio no contrabaixo. Antes deles ou junto com eles, Rodrigo Morcego, Leo Saldanha, Alexandre Bicudo, Júlio Rangel e Herbert Lucena, entre outros nomes da cena pop rock pernambucana, acompanharam a Má Companhia nos bares da cidade, em festivais de música e festas memoráveis.
O período mais intenso foi quando o cantor e compositor Lula Côrtes adotou a Má Companhia como banda oficial nos seus shows, levando a experiência vivida com Zé Ramalho de mesclar rock com ritmos nordestinos para a bagagem dos rapazes.
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"Conheci Lula no antigo Sushi Club, no Recife, e daí surgiu uma grande amizade. Em 1995, gravamos o disco Má Companhia, no Rio de Janeiro, com Lula, e a participação de Robertinho do Recife na faixa O Lobo e o Mar. Continuamos com Lula, nos festivais de inverno de Garanhuns e em outros palcos do Estado", lembra Xandinho.
A amizade rendeu ainda a parceria entre ele e Lula Côrtes na "Balada cavernosa", presente no disco "A vida não é sopa", o segundo da banda.
Memórias de trinta anos
Sempre presente na abertura de shows de grandes nomes da nossa música, a Má Companhia colecionou boas memórias. Do Festival Seis e Meia, no Teatro do Parque, ficou a lembrança do show com Lula Côrtes cantando o seu Maracatu do Robocop, junto com o Maracatu Nação Pernambuco, que terminou em dueto de Jorge Mautner com o seu Maracatu Atômico - tudo junto e misturado, sacudindo o teatro.
Dos festivais de Garanhuns, guardam o dia em que abriram as apresentações de Elza Soares, Macalé e Barão Vermelho. E no Circuito do Frio, a abertura do show do saudoso Belchior, em Triunfo, sertão do Estado.
Porém, abrir o show que o Deep Purple fez, em 2003, no Chevrollet Hall, em Olinda, foi o ápice para a banda. Tocaram “Wish You Where Here”, do Pink Floyd, e “Satisfaction”, do Rollings Stones, instigando o público para uma das lendas consagradas do rock internacional.
A Má Companhia celebra a longevidade abrindo neste domingo (15), às 18h, o show da banda Iron Maiden Children of the Beast, cover oficial da banda na América Latina, no Manhattan Café Teatro, em Boa Viagem.