Sáb, 06 de Dezembro

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RIO DE JAEIRO

Bia Miranda e mais 14 influenciadores são alvo de operação por promoção ilegal de jogos de azar

De acordo com as investigações, há indícios de lavagem de dinheiro nas ações do grupo

A influenciadora Bia Miranda é alvo de operação policial A influenciadora Bia Miranda é alvo de operação policial  - Foto: Instagram/Reprodução

Uma operação da Polícia Civil do Rio deflagrada nesta quinta-feira tem como alvo 15 influenciadores digitais entre eles Anna Beatryz Ferracini Mineiro, a Bia Miranda suspeitos de promoção ilegal de jogos de azar on-line, com indícios de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. A ação, chamada de Desfortuna, tem diligências no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Minas Gerais.

De acordo com a Polícia Civil, os influenciadores usam as redes sociais para divulgar o jogo conhecido como "Tigrinho" e outros semelhantes. Segundo os agentes envolvidos na apuração, as postagens realizadas pelos investigados contêm promessas enganosas de lucros fáceis, com o intuito de atrair seguidores para essas plataformas de apostas, que são proibidas

No curso das investigações, foram identificados sinais claros de enriquecimento incompatível com a renda declarada pelos influenciadores, que ostentavam nas redes sociais estilos de vida luxuosos, com viagens internacionais, veículos de alto padrão e imóveis de alto valor. Relatórios de inteligência financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelaram movimentações bancárias suspeitas que, somadas, ultrapassam R$ 4 bilhões.

 

Além da promoção de jogos ilegais, os investigados são suspeitos de integrar uma organização criminosa estruturada, com divisão de tarefas entre divulgadores, operadores financeiros e empresas de fachada. A estrutura seria usada para ocultar a origem ilícita dos recursos, caracterizando assim a lavagem de dinheiro. A polícia também identificou conexões entre alguns envolvidos e pessoas com antecedentes ligados ao crime organizado.

As investigações que resultaram na operação são da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), desenvolvidas de forma conjunta com o Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) e com o Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (Lab-LD) da Polícia Civil.

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