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Claudia raia sempre marcante na televisão

“É personagem completa. Em uma mesma cena, posso fazer drama, comédia, tragédia...”, empolga-se

Sessão plenária da AlepeSessão plenária da Alepe - Foto: Luiza Alencar

 

Por onde passa, Claudia Raia chama atenção. Seja por sua altura – 1,78 m –, voz grave ou jeito expansivo de gesticular. Tudo na atriz tem um “quê” de extravagante. Não é à toa que suas personagens de novela, em geral, acompanham esse mesmo estilo. Na pele de heroínas, como a Donatela, de “A Favorita”, de vilãs, como a Lívia Marini, de “Salve Jorge”, ou em tipos mais caricatos, como a Samantha, de “Alto Astral”, ela sempre marca presença nas produções das quais faz parte. Agora, em “A Lei do Amor”, tem a chance de unir comédia e drama na pele de Salete. “É personagem completa. Em uma mesma cena, posso fazer drama, comédia, tragédia...”, empolga-se.

Quando você recebeu a sinopse da Salete, o que chamou sua atenção sobre a personagem?
Ela é uma heroína livre. É uma mulher solteira, que tem um posto, onde o diferencial é o atendimento feito por frentistas que dançam, ela molha os rapazes... Enfim, aquela coisa incrível (risos). A personagem tem uma relação meio de mulher, meio de mãe, meio de irmã mais velha com eles. Ela cuida, leva ao médico, ao dentista. Quando eles encontram suas parceiras mais jovens, ela é madrinha de casamento deles. E depois de casados, ela não admite que eles cheguem perto dela. Então, Salete é toda cheia de conceitos e de moralidade, tem as suas próprias regras, mas é uma mulher extremamente generosa.

Sua personagem flerta com a comédia, mas também está inserida nos dramas de “A Lei do Amor”. Até que ponto isso influencia na trajetória do papel dentro da novela?
A Salete vai se tornar prefeita da cidade e vai trazer uma política corretíssima, honestíssima, do melhor que há no mundo. A minha personagem vai conseguir implantar essa política em São Dimas e furar todo o esquema de corrupção da cidade. Com isso, com certeza, vem “chumbo grosso” para cima dela.
Você é uma atriz que costuma ficar confortável em papéis cômicos.

 Mas a Salete não se restringe apenas ao humor. Como você avalia as nuances da personagem?
Nas primeiras chamadas da novela, só estava o lado “devoradora de homens” da personagem. Mas ela é muito mais que isso. Ela conversa com a comédia, vai do tragicômico ao drama. É uma personagem riquíssima. Tem uma relação maravilhosa com uma das filhas e uma relação horrorosa com a outra filha, que a humilha. É uma mulher extremamente popular, um papel delicioso de fazer porque é muito solar, mas não é um papel de comédia.

 

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