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Dança

Deborah Colker apresenta o espetáculo "Cura" no Teatro Guararapes

A bailarina e coreógrafa traz para Pernambuco, neste sábado (20) e domingo (21), espetáculo inspirado em experiência pessoais

"Cura" é atração do Teatro Guararapes nesta sexta (20) e sábado (21)"Cura" é atração do Teatro Guararapes nesta sexta (20) e sábado (21) - Foto: Léo Aversa/Divulgação

Foi a partir de experiências pessoais com o neto Théo, diagnosticado com epidermólise bolhosa, que a bailarina e coreógrafa Deborah Colker deu vida ao espetáculo “Cura”, em cartaz neste sábado e domingo no Teatro Guararapes, em Olinda.

E foi também com a história do físico inglês Stephen Hawking (1942-2018) – cujo diagnóstico de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) lhe renderia até três anos de vida, embora tenha vivido por mais de 50 com a doença – que a inspiração sobre processos de cura irem além do que a medicina prevê, culminou em arte.

 

Crédito: Léo Aversa/Divulgação

 



“Há outras formas de cura além das que a medicina possibilita. Hawking viveu mais de 50 criativos e iluminados anos. Entendi o que é a cura do que não tem cura”, pontuou Colker em entrevista à Folha de Pernambuco. 

A estreia de “Cura” deveria ter ocorrido em Londres, em 2020. Com o adiamento pela pandemia, só agora segue em turnê Brasil afora. “Cinco personagens ajudaram na condução: Théo (meu iluminado guerreiro), Obaluaiê (orixá da doença e da cura), Hawking (corpo aprisionado mas mente livre e brilhante), Jesus (símbolo do amor) e Leonard Cohen, cuja poesia e conexão espiritual falam da transcendência da cura e da revelação da morte, a grande cura”, conta. 

Com trilha original de Carlinhos Brown, o espetáculo tem bailarinos que dançam e cantam em meio a movimentos de danças africanas captados por Deborah durante residência com bailarinos de Moçambique, um dos lugares pelos quais passou para o processo de criação de “Cura”.

“Toda criação é uma forma de dar luz a algo que está dentro de mim, quase como um grito. ‘Cura’ não é sobre meu neto, é sobre o que seu nascimento causou em mim. Uma urgência absoluta de buscar a cura do que não tem cura”, conclui. 

 

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