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TURNÊ

Diogo Nogueira comemora 20 anos de carreira correndo o Brasil com turnê; Recife é uma das cidades

Prometendo sofisticação com batucada e orquestra no palco, cantor anuncia série de shows em grandes casas: 'Acredito que o samba merece estar nesse lugar'

Turnê "Infinito Samba", de Diogo Nogueira, chega ao Recife em abrilTurnê "Infinito Samba", de Diogo Nogueira, chega ao Recife em abril - Foto: Ricardo Nunes/Divulgação

Foi de mansinho que o cantor e compositor Diogo Nogueira chegou terça (16) à tarde ao Teatro Rival (Rio de Janeiro) para um samba descontraído.

Mas com um propósito: anunciar para a imprensa a celebração de seus 20 anos de carreira com a turnê "Infinito Samba", com a qual vai correr o país ano que vem, logo após o carnaval, “unindo a ancestralidade da música brasileira com um olhar inovador para o futuro”.

A serie de shows, dirigidos por Rafael Dragaud (e nos quais ele junta sua banda e bailarinos a uma orquestra, com um total de 35 músicos no palco) começa e termina no Rio: em 1º de março, ela passa pela Farmasi Arena e em 20 de junho chega ao Parque Madureira, com a gravação de audiovisual.

O show ainda vai a São Paulo, Belém, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Recife, Salvador, Fortaleza e Belo Horizonte (ver abaixo lista completa de datas e locais). A venda de ingressos começa nesta terça (16).

"A gente volta ao Rio para fazer o Parque Madureira de graça para o povo do samba. É um público que não tem condição de ir à Farmasi Arena, que não tem condição de pagar R$ 600 ou R$ 1.000 para assistir a um show do Diogo Nogueira, do Zeca Pagodinho, do Jorge Aragão ou do Xande de Pilares", diz Diogo, ao GLOBO.

"Como acredito que a força do samba está nesse ambiente que é o subúrbio do Rio de Janeiro, acho que eles merecem a dignidade de um samba sofisticado, com o terreiro dentro dele, com a batucada do tambor, mas também com uma orquestra, fazendo essa junção do samba com o erudito. Acredito que o samba merece estar nesse lugar."

Mergulho sentimental, emocional e histórico
Segundo Rafael Dragaud, em texto de apresentação do show, “a discussão de repertório foi um mergulho tão sentimental e emocional quanto histórico” uma vez que “o samba é tão gigante que é uma espécie de multiverso, capaz de dialogar com todas as dimensões do Brasil.”

Já o roteiro musical, segundo Rafael, “é uma viagem poética que inclui clássicos atemporais e blocos dedicados às canções de amor, à gafieira e ao clima de roda da favela”.

Diogo garante que sucessos como “Tô fazendo a minha parte”, “Alma boêmia”, “Clareou” e, é claro, “Pé na areia” (“essa foi uma música em que ninguém acreditou no início, e que acabou virando a canção mais cantada no Brasil”) estarão lá.

"Estou trazendo essas canções com uma roupagem nova, colocando cinco músicas inéditas também e trazendo outras canções que eu sempre tive vontade de cantar e não tive oportunidade", conta ele, que não deixará de prestar tributo, como sempre, aos sambas do pai, João Nogueira (1941-2000):

"Reverencio meu pai não por ele ser meu pai, mas por ser um dos maiores compositores e artistas desse país."

Paolla Oliveira, com quem completa um dos casais mais famosos do país, está junto com Diogo nesse momento de celebração.

"Ela é uma atriz de maravilhosa, incrível, é minha amiga, minha parceira, minha companheira, e, cara, não tem porque não lidar com isso com naturalidade. A gente se respeita e cada um sabe qual o seu quadrado, o seu trabalho, e está tudo certo. É como qualquer casal", diz. "Se ela não estiver trabalhando, é bem provável que esteja no lançamento e em alguns dos shows."

"Infinito Samba", segundo Diogo, “é um projeto que eu sempre desejei durante a minha trajetória, desde quando eu gravei meu primeiro audiovisual, meu DVD no Teatro João Caetano (em 2007)”. Ele vai caprichar nos telões de LED, mas não abre mão dos seus bailarinos na nova turnê:

"Sou um apaixonado pelo samba de gafeira, ele permite que você solte o corpo e dance. É estão apagando o samba de gafeira, estão apagando as gafeiras do Brasil inteiro. E a dança faz parte do samba, né? A coisa da do molejo, da sedução, não posso deixar que isso se acabe."

Hoje, ele lembra com carinho do começo da carreira. Que não foram nada fáceis.

"Eu era um menino que tinha acabado de sofrer uma lesão (como jogador profissional de futebol), voltei do Rio Grande do Sul e aí fiquei ainda quase um ano assim sem saber o que fazer. Tive uma depressão aguda, fiquei trancado em casa, e foi justamente quando resolvi ir para as rodas de samba, para poder desanuviar, que a depressão passou", conta.

"As pessoas já insistiam para eu cantar; a minha mãe, minhas irmãs, meus tios, minhas tias, meus primos; mas eu ainda relutei bastante. Mas no momento que eu comecei para as rodas de samba é que eu fui me sentindo confortável, abraçado."

Datas da turnê "Infinito Samba"

01/03 | Rio de Janeiro – Farmasi Arena

06/03 | São Paulo – Tokio Marine Hall

14/03 | Belém – Local a ser anunciado

20/03 | Porto Alegre – Auditório Araújo Vianna

27/03 | Curitiba – Teatro Positivo

10/04 | Brasília – Centro de Convenções Ulysses Guimarães

18/04 | Recife – Local a ser anunciado

24/04 | Salvador – Local a ser anunciado

09/05 | Fortaleza – Local a ser anunciado

06/06 | Belo Horizonte – BeFly Hall

20/06 | Rio de Janeiro – Parque Madureira (Gravação do audiovisual)

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