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Dire Straits Legacy faz show para várias gerações

Grupo revive o legado das canções da banda original que fez sucesso nos anos 1980 e 1990, e pode até gravar disco, a ser lançado ainda este ano

Dire Straits LegacyDire Straits Legacy - Foto: Laura Bianca/Divulgação

Quem cresceu nos anos 1980 e 1990 certamente se lembra das canções eternizadas pela voz e guitarra de Mark Knopfler e seu Dire Straits. Clássicos como “Sultans of Swing”, “Walk of Life”, “Your Latest Trick” e “Romeo and Juliet” embalaram festas, romances e "sofrências" mundo afora, e até hoje têm presença garantida na playlist de muitos fãs. Embora Knopfler tenha se afastado definitivamente do conjunto nos anos 1990, a nostalgia dos ex-integrantes gerou o projeto Dire Straits Legacy, que toca no Recife no sábado, 13 de maio.

O conjunto é formado por músicos profissionais que fizeram parte da banda em diferentes momentos, como Phil Palmer (voz e guitarra), Alan Clark (teclado), Danny Cummings (percussão), Mel Collins (sax), Andy Treacy (bateria) e Mickey Feat (baixo).

“Mesmo depois de tanto tempo, as pessoas ainda querem ouvir as músicas da banda. Existem fãs que nem eram nascidos quando Mark parou de excursionar. Este projeto é para eles”, conta Phil Palmer, em entrevista à Folha de Pernambuco, por telefone.

Ele garante que, além dos hits, o tributo de mais de duas horas deve revisitar canções mais obscuras e ainda composições inéditas: “Há canções como ‘Private Investigations’ e ‘Telegraph Road’ que não são tão conhecidas, mas sempre mexem com o público. Também exploramos músicas do início da banda”. Phil espera terminar as gravações de um novo álbum para lançamento ainda neste ano.

O maior sucesso do Dire Straits é o disco “Brothers in Arms”, lançado em 1985. O álbum foi um dos primeiros a serem editados em CD no Brasil, tornando-se campeão de vendas. Mark Knopfler segue em carreira solo desde o início dos anos 1990, raramente apresentando músicas da banda ao vivo.


Entrevista > Phil Palmer, Dire Straits Legacy

Existe a possibilidade de reunião do Dire Straits original no futuro?
Acho improvável. O Mark deixou bem claro que não quer retornar e ele tem a própria carreira. Acho que a banda acabou ficando muito grande. Em certo ponto, era a maior banda do mundo, e o Mark é um músico excepcional, talvez não se sentisse confortável tocando shows enormes. Ele prefere algo mais intimista.

Além do Dire Straits, você acompanhou músicos como Eric Clapton, Roger Daltrey... Qual a importância do músico de estúdio nos dias de hoje?

Hoje nem tanto, mas houve um período, entre os anos 1960 e 1980, em que éramos chamados para quase todas as gravações de sucesso. Nosso diferencial é a arte de entender e traduzir as composições de forma rápida, e tocar qualquer ritmo que seja. Os músicos que me acompanham agora no Legacy também têm carreira em estúdio.

O que esperar da turnê no Brasil?
É uma experiência nova até para nós, pois o Dire Straits nunca tocou aqui, nem a banda original. É sempre uma grata surpresa ver que as pessoas anseiam em ver essas músicas ao vivo, e que quase 50% do nosso público é formado por pessoas jovens.


Serviço:
Show de Dire Straits Legacy
Classic Hall (Avenida Agamenon Magalhães, s/n)
13 de maio (sábado), às 22h
Ingressos: de R$ 100 a R$ 200
Informações: (81) 3207-7500

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