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SHOW

"É o Tchan" mata a saudade do "rebolation" no Classic Hall

Show que celebra trinta anos do grupo baiano, acontece nesta sexta-feira (25); ingressos a partir de R$ 100

É O Tchan celebra trinta anos em turnê que chega nesta sexta (25) ao Classic HallÉ O Tchan celebra trinta anos em turnê que chega nesta sexta (25) ao Classic Hall - Foto: Reprodução/Instagram

Aos que se deleitam na leitura destas linhas, um 'cá entre nós': tão certo quanto a afirmação de que os anos de 1990/2000 foram musicalmente os m-e-l-h-o-r-e-s, é confessar que no passado distante, ouvir "pau que nasce torto nunca se endireita" logo em seguida ao 'pan ran pan pan pan ran//pan ran pan pan pan ran', deixava remota a possibilidade de não mexer quadris e pernas, ir até o chão e botar o rebolado em dia.

E ainda tinha ainda a galera de "junta mole, beeem molinha", que passava debaixo da cordinha", além das loiras - e negras, e ruivas, e de quaisquer cores de cabelos - que desfilavam sob a "luz na passarela que lá vem ela", uma das tantas frases melodiadas pelo grupo É O Tchan.

Três décadas se passaram e o grupo retorna aos palcos Brasil afora para celebrar a trajetória, incluindo o de logo mais, no Classic Hall, para turnê comemorativa que vai reunir Compadre Washington, Beto Jamaica, Jacaré, Sheila Mello e Scheila Carvalho - quinteto integrante da última formação áurea do grupo que mesclava axé e pagode com a maestria peculiar aos soteropolitanos.

Uma volta no tempo
Com direito a troca de figurinos e coreografias que vão remeter o público a álbuns que integram toda a trajetória, o show - assinado pela Festa Cheia Produções, e previsto para ter mais de 2h30 de duração - fará um passeio por clássicos ouvidos e dançados até os dias atuais, desde a formação que antecedeu o É O Tchan, no Gera Samba.

Este último foi criado no início dos anos de 1990, e foi responsável pelo hit que posteriormente daria o nome ao grupo que passou a ser encabeçado por Beto Jamaica e pelo Compadre Washington, dupla que segue na ativa, antes de reencontrar os veteranos Jacaré e as ‘Sheilas’. 

Estas, aliás, pairam por entre plateias com o grupo para as comemorações dos 30 anos, com direito a clássicos como “Rebola” , do disco de 1998 “É O Tchan no Hawaí” e “Pega no Bumbum”, do mesmo álbum, assim como “A Nova Loira do Tchan”, posto dado a Sheila Melo em substituição a Carla Perez. Aliás, foi com ela que tudo começou.

Sheila Mello substitiu Carla Perez em É O Tchan | Crédito: Divulgação


Carla Perez, a primeira loira 
Morando atualmente nos Estados Unidos com a família - ela é casada com o também cantor baiano Xanddy (ex Harmonia do Samba) Carla Perez, 45, não participa da tour celebrativa do É O Tchan.

Protagonista do grupo como a loira do início da formação, ela fazia par com a morena Deborah Brasil, hoje missionária de uma igreja evangélica, respectivamente substituídas por Sheila Mello e Scheila Carvalho. 
 

Carla Perez foi a primeira loira do grupo É O TchanCrédito: Reprodução/Instagram

As três dançarinas - Carla e as 'Sheilas' - aliás, rebolaram juntas no Carnaval de Salvador deste ano, no bloco comandado por Perez, que ouviu dos fãs pedidos de que Jacaré - há alguns anos morando no Canadá - estivesse junto.

Outras duas integrantes também passaram pelo grupo, mas sem grandes holofotes: Silmara Miranda, a loira do Tchan, e Juliane Almeida, que fez as vezes da morena do grupo.
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Rebolado e diversão
Ao contraponto de ter bordões como “ordináaaaaariaas” - soltados rotineiramente por Compadre Washington e que, tal qual outros dizeres, eram direcionados às mulheres e às próprias dançarinas do grupo, sexualizadas em demasia que eram - nos dias atuais o grupo, talvez, seria mais um dentre outros tantos que proliferam em música e gestos a objetificação do corpo da mulher como mote de um fazer artístico questionável (?).

Mas, o É O Tchan retorna para “matar a saudade” dos (bons) tempos de um “rebolation” que era (apenas) contagiante e quase ‘nosense’. 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Para o show desta noite, a geração do É o Tchan vai comparecer ao Classic Hall para rememorar o quão “sex simbol” poderia ser o próprio corpo, o própria bumbum, quando“descer até o chão” e “segurar o tchan” era mais entretenimento e menos julgamento. Portanto, "Tira a cadeira e abre a roda, menina, é hora de quebrar" com o (velho) som de Salvador.

Serviço
Turnê É o Tchan - 30 anos

Quando: nesta sexta-feira (25), às 22h
Onde: Classic Hall - Centro de Convenções de Pernambuco (Olinda)
Ingressos a partir de R$ 100

 

 

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