Ex-namorada de P.Diddy depõe pelo quarto dia em Nova York
Em seus primeiros dias de depoimento, Cassie contou como foi sua vida por mais de dez anos com o rapper
A defesa de Sean “P.Diddy” Combs explorou nesta sexta-feira (16) sua relação tumultuada com a cantora e modelo Casandra Ventura, principal testemunha do julgamento do rapper por tráfico sexual, e buscou mostrá-la como inconstante.
Conhecida como Cassie, ela compareceu pelo quarto dia consecutivo ao Tribunal Federal do Distrito Sul de Nova York, onde Diddy, preso desde setembro, é acusado de tráfico sexual e de liderar uma rede ilegal de prostituição.
Em seus primeiros dias de depoimento, Cassie contou como foi sua vida por mais de dez anos com o rapper, que era uma figura-chave da indústria musical americana. Ela disse que foi agredida e obrigada a participar de orgias regadas a drogas.
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Ontem e hoje, no entanto, a advogada de Diddy Anna Estevão tentou diminuir a crítica de Cassie, ao enfatizar a duração do relacionamento, sua decisão de permanência com o rapper apesar da violência e das coações, e o comportamento do modelo.
"Vou te matar", diz Cassie em um áudio, a um homem que ela descobriu que tinha um vídeo de uma das "freak-offs", sessões de sexo coreografadas das quais ela participava com Diddy e acompanhantes masculinos, que podiam se estender por dias.
A modelo, que está grávida do seu terceiro filho com o marido, Alex Fine, não contestou o conteúdo da gravação, exibida hoje ao júri, e manteve a calma em seu quarto dia de depoimento.
A defesa insiste na dependência de casal de drogas e medicamentos. Com a ajuda de e-mails e mensagens de texto do começo da década de 2010, quer mostrar que Cassie participou e planejou detalhes das orgias voluntariamente.
Diante do júri, foram lidas mensagens trocadas pelo casal, algumas com conteúdo explícito.
Apaixonada
Cassie disse que participou das orgias porque estava apaixonada e porque queria gostar de Diddy, até o ponto de sentir que não tinha "muitas opções".
Uma denúncia de Cassie contra o rapper em 2023, por agressão sexual e estupro, acabou levando Diddy para o banco dos réus. O modelo desistiu do processo após um acordo extrajudicial, mas abriu as portas para denúncias de outras vítimas.
O juiz Arun Subramanian pediu à defesa que não continuasse o interrogatório além desta sexta-feira, para preservar a cantora e sua gestação.
Se condenado, o rapper pode pegar a pena de prisão perpétua.

