Sáb, 06 de Dezembro

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Lady Gaga

Fãs de Lady Gaga falam o que significa ser um 'little monster': 'Somos o que somos sem medo'

Admiradores da cantora americana, que estão indo todos os dias para a porta do hotel onde ela está hospedada, em Copacabana, falam sobre os motivos de sua admiração

Fãs de Lady Gaga aguardam ansiosamente o show que a cantora fará em Copacabana neste sábado (3)Fãs de Lady Gaga aguardam ansiosamente o show que a cantora fará em Copacabana neste sábado (3) - Foto: DANIEL RAMALHO / AFP

O sentimento em frente ao Copacabana Palace, onde Lady Gaga está hospedada, é de união.

Fãs se reúnem no largo diante do hotel, fazendo eco ao pertencimento de serem little monsters, como são chamados os fãs da cantora.

Muitos deles prometem continuar a peregrinação diária ao lugar até o próximo sábado (3), quando Gaga fará o que deve ser o maior show de sua vida para cerca de 1,6 milhão de pessoas, de acordo com estimativa da Riotur.

Hoje quem está aqui não é a mulher de 30 anos, mas a adolescente de 14 que começou a ouvi-la e se entregou à mensagem diz Yasmim Amaral, supervisora administrativa. Acho que (ser little monster) é mais do que ser fã, é um modo de viver. Lady Gaga me salvou num momento difícil da minha vida. As mensagens da música me ajudaram. Com "Born this way", comecei a ver que não tinha nenhum problema comigo acrescenta, mostrando a tatuagem de um unicórnio no pescoço.


O cineasta Vinicius Bertoli, de 38 anos, que tem ido para o hotel desde terça-feira (29), lembra que o "monster" é uma referência a certas estranhezas que todas as pessoas têm.

Somos o que somos sem medo. Aprendemos a aceitar todos os nossos lados que, geralmente, são criticados e entender que todas essas estranhezas a gente pode jogar para fora e se amar verdadeiramente. Uma coisa que Gaga faz foi mostrar quem ela é, apesar do bullying que sofreu, ela conseguiu mostrar todo o seu talento.


Moradora de Copacabana, a estudante de ciências biológicas Clara Guimarães, de 29 anos, anda algumas ruas até chegar ao hotel. Ela também tem comparecido todos os dias à grade, que separa os fãs do edifício. Clara não tem dúvidas ao ser chamada de little monster.

É um sentimento de representatividade muito grande, principalmente para a gente que é LGBT+, para a gente que é alternativa diz ela, loira, que se veste com roupas pretas e tem tatuagens pelo corpo. A Gaga me incentivou a nunca deixar de ser eu mesma, a andar na rua como eu gosto de ser.

A americana Katherine Monroe tem atraído olhares de muitas pessoas, que pedem por fotos. Loira de cabelos longos, ela está trajada com um vestido branco e usa os óculos usado por Gaga em "The fame". Ela acompanha os little monsters desde o início da concentração, considerando-se uma fã também.

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Gosto de fazer esse cover dela para me lembrar quem me deu mais coragem para ser quem eu sou, com toda a minha ousadia. Uma forma de trazer essa energia que ela tem é incorporando. Mesmo a incorporando, me sinto mais eu.


Também vestida especialmente para a semana dedicada a Gaga, a estilista carioca Alessa Migani, de 52 anos, criou uma estampa com a face da cantora americana. Pretende entregar um exemplar da peça para a diva pop por meio da Riotur.

Eu na verdade já sou uma big monster diz ela, sorrindo. Isso quer dizer que faço parte de uma turma que sempre acredita que as coisas vão dar certo e que haverá união. Lady Gaga juntou todos nós aqui.

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