Sáb, 13 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
SHOW

"Frevo pernambucano, sotaque baiano": Spok e Armandinho se encontram em show inédito

A apresentação dos instrumentistas será neste sábado (13), às 18h, diante do Paço do Frevo, no Bairro do Recife

Spok e Armandinho se apresentam juntos neste sábado (13)Spok e Armandinho se apresentam juntos neste sábado (13) - Foto: Sidarta/Divulgação; Divulgação

O frevo sempre foi uma língua que se fala com o corpo inteiro. E quando dois de seus grandes tradutores decidem partilhar dos mesmos acordes e andamentos, nasce um acontecimento.

Neste sábado (13), às 18h, na Praça do Arsenal, Bairro do Recife, Maestro Spok e Armandinho Macedo se unem no show inédito “Frevo Pernambucano, Sotaque Baiano”.

Um gesto simbólico: Pernambuco e Bahia, dois carnavais centrais para o Brasil, alinhando pulsações através do frevo.

A chama que veio das ruas
Spok celebra o show: “É o encontro de dois carnavais, de duas linguagens, dois sotaques, mas um só amor, que é o frevo”, disse.

Armandinho volta ao princípio de tudo, quando o frevo tomou de assalto as ruas da Bahia: em 1949, quando Clube Carnavalesco Vassourinhas foi a Salvador e deixou os foliões soteropolitanos impactados com o pique do frevo pernambucano.

“Quando meu pai viu o Vassourinhas tocando e viu o povo enlouquecendo com o frevo (...) tinha esse fervor, essa coisa que meu pai adorava. Foi o frevo que originou e os impulsionou a botar no carrinho e sair tocando”, conta Armandinho sobre quando Dodô e Osmar (seu pai) criaram o trio elétrico.

Na Bahia, o frevo foi assimilado e ganhou um sotaque e linguagem própria, com Armandinho – músico prodígio desde criança – redesenhando o “pau elétrico”, criação de seu pai e de Dodô, e concebendo a guitarra baiana, que faz as vezes dos metais das orquestras de frevo.

Caminhos que se cruzam
Quando esses caminhos se cruzam, nasce uma conversa musical rara: a guitarra baiana de Armandinho encontra o frevo “jazzístico” que Spok reinventou para o mundo.

O baiano não esconde o impacto ao ouvir o pernambucano pela primeira vez: “Comecei a ouvir aquela dinâmica e ouvi o melhor trabalho instrumental que se faz no Brasil”, lembra Armandinho.

Pouco tempo depois, estaria participando do álbum “Passo de Anjo Ao Vivo” (2007), da SpokFrevo Orquestra, tocando “Último Dia”.

Vieram outros encontros, convites para participações de parte a parte. Agora, será o primeiro show completo juntos. Modesto, o mestre Armandinho diz ser um desafio tocar com Spok:

“É uma emoção e uma responsabilidade, pois estou com um dos maiores músicos do mundo, a música que ele faz surpreende o mundo inteiro. Inclusive, ele me bota pra rebolar, para eu fazer aquelas coisas que ele faz naquele sax dele, que é uma loucura.”

Onde o frevo encontra destino
O show deste sábado (13) traz clássicos – “Último dia”, “Voltei Recife”, “Último regresso”, “Vassourinhas” – músicas de ambos e composições de Moraes Moreira – outro baiano que amava o frevo – como “Chão da Praça” e “Vassourinha Elétrica”.

O show inaugura o Fest Brasil, dedicado a unir tradições e futuros, Bahia e Pernambuco, seja nas ruas, nos trios ou na vibração do sax e da guitarra desses gigantes instrumentistas.

O festival ainda traz a roda de conversa "A arte de criar a partir da tradição", com a dupla, também neste sábado, às 10h30, no Paço do Frevo. O acesso se dá pelo ingresso do museu.

SERVIÇO
Roda de Conversa – “A arte de criar a partir da tradição”
Com Armandinho e Maestro Spok
Quando: Sábado (13), às 10h30
Onde: Paço do Frevo – Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife - Recife-PE
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)

Show “Frevo Pernambucano, Sotaque Baiano”
Com Armandinho e Maestro Spok

Quando: Sábado (13), às 18h
Onde: Praça do Arsenal da Marinha, Bairro do Recife - RecifE-PE
Evento gratuito
Informações: @festbrasil1312 / @armandinhomacedo / @spok.oficial

Veja também

Newsletter