Sáb, 06 de Dezembro

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Javier Barden faz protesto pró-Palestina no Emmy e pede sanções a Israel

Ele concorre ao prêmio de melhor ator coadjuvante de minissérie por 'Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais', da Netflix

Javier Bardem e o protetso Palestina Livre Javier Bardem e o protetso Palestina Livre  - Foto: Patrick T. Fallon / AFP

Javier Bardem, que concorre ao Emmy de melhor ator coadjuvante de minissérie por "Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais", da Netflix, fez um protesto a favor da "Palestina livre" no tapete vermelho do evento neste domingo. Em entrevista a Variety, ele também falou sobre a decisão, tomada juntamente com cerca de 1.500 colegas, de não trabalhar com instituições israelenses. Eles as acusam de estar "envolvidas no genocídio" em Gaza.

“Aqui estou hoje, denunciando o genocídio em Gaza”, disse ele, usando um keffiyeh, lenço tipicamente árabe, no tapete vermelho. “Estou falando sobre a IAGS, a Associação Internacional de Estudos de Genocídio, que estuda a fundo o genocídio e declarou que se trata de um genocídio. Por isso pedimos um bloqueio comercial e diplomático e também sanções contra Israel para parar o genocídio. Palestina livre.”

Ainda na entrevista dada no tapete vermelho, Bardem reiterou que não pretende trabalhar com empresas que fazem negócios com Israel.

 

“Não posso trabalhar com alguém que justifica ou apoia o genocídio. É simples assim. Não deveríamos poder fazer isso, nesta indústria ou em qualquer outra.”

Além de Bardem, assinaram o boicote nomes como Yorgos Lanthimos, Ava DuVernay, Asif Kapadia, Emma Seligman, Boots Riley, Adam McKay, Olivia Colman, Ayo Edebiri, Mark Ruffalo, Riz Ahmed, Tilda Swinton, Lily Gladstone, Hannah Einbinder, Gael Garcia Bernal, Melissa Barrera e Emma Stone.

A resposta de Israel
Representantes do cinema israelense se manifestam contra a ação dos artistas, inspirado no boicote cultural que ajudou a pôr fim ao apartheid na África do Sul. Em comunicado enviado ao jornal britânico "The Guardian" na última terça-feira (9), Nadav Ben Simon, presidente do sindicato de roteiristas de Israel, disse considerar "profundamente preocupante e contraproducente" o crescente movimento que pretende "boicotar criadores israelenses".

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