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João Bosco apresenta canções inéditas em show no Recife

Realizada no Teatro RioMar, apresentação traz repertório do disco "Mano que zuera", que conta com parcerias de João Bosco com o filho

O músico está empolgado para apresentar o novo discoO músico está empolgado para apresentar o novo disco - Foto: Flora Pimentel

Autor de clássicos da música brasileira, como "O bêbado e a equilibrista" e "Papel machê", João Bosco está de volta ao Recife. O cantor e compositor mineiro, de 71 anos, - autor ou intérprete de canções que tanto emocionam como poderiam parecer ultrapassadas ou muito batidas para quem não é fã do artista - traz o show de lançamento de "Mano que zuera" (2017).

A turnê já passou por Porto Alegre e Fortaleza. Este é o primeiro álbum de estúdio dele após um hiato de oito anos sem lançamentos de inéditas. Acompanhado por Guto Wirtti (contrabaixo), Kiko Freitas (bateria) e Ricardo Silveira (guitarra), o músico sobe ao palco do Teatro RioMar, no Pina, neste sábado (14), às 21h.

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Já disponível em mídias físicas e digitais, o disco conta com 11 faixas, entre canções gravadas pela primeira vez e releituras. Com seu filho, Francisco Bosco, João assina cinco músicas deste novo disco. Os dois começaram a trabalhar juntos em "As mil e uma aldeias", álbum de 1996.

"É um parceiro como os outros com os quais trabalho. Parceria tem como objetivo a fusão da poética com o som. Alguns sons já contêm 'palavras' e algumas palavras contêm o 'som'. É preciso traduzi-los. A parceria é isso: a tradução do outro", comenta.

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Um dos destaques desta nova safra de parcerias é "Onde estiver", que traz na letra a beleza do afeto em família. "Francisco fala dos filhos, Iolanda e Lourenço, que são meus netos. Foi a primeira vez que experimentamos essa relação pai e filho na música", afirma. Outro parceiro recorrente do mineiro, Aldir Blanc, também faz parte do repertório de "Mano que zuera", seja na inédita "Duro na queda" ou na regravação da música "João do Pulo" (1986).



Para João Bosco, o ineditismo também está presente nestas regravações. "Uma música inédita tem um significado especial, como alguma coisa que insiste em surgir misteriosamente, proveniente de onde a gente não sabe com certeza onde fica. Também sempre tive necessidade dessas releituras como um exercício de criação mesmo", afirma o cantor.

Mesmo nas regravações, Bosco procura inserir novidades. "No caso de 'Sinhá' (parceria com Chico Buarque), por exemplo, a concepção era mais percussiva, como num afro-samba. Desta vez, não usei percussão africana e sim instrumentos de cordas, tais como violão de nylon, violão de aço, violão de sete cordas, bandolim. Ela ficou com uma atmosfera cabo-verdiana. Eu já estive em Cabo Verde várias vezes e gosto muito daquele clima das canções de lá. Acho que essa releitura tem um pouco de Cesária Évora", diz o músico, referindo-se à cantora que é considerada a maior estrela da música popular do país africano.

Serviço

Show "Mano que zuera", de João Bosco
Neste sábado (14), às 21h
Teatro RioMar (Av. República do Líbano, 251, 4º piso - Shopping RioMar)
R$ 100 (balcão), R$ 140 (plateia alta) e R$ 160 (plateia baixa)
Informações: www.uhuu.com

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