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Nova abordagem é salvação de “Kong: A Ilha da Caveira”
Com história já conhecida, filme escapa à repetição e traz esmero com a produção como um dos trunfos
A história do gorila gigante que é levado à cidade grande já foi adaptada duas vezes para a telona, além da versão original de 1933. A mais recente delas foi em 2005, sob a direção de Peter Jackson (“O Senhor dos Anéis”). Com uma história já conhecida no imaginário popular, era de se temer que uma nova adaptação de King Kong caísse na repetição. Felizmente, “Kong: Ilha da Caveira” escapa da armadilha ao inserir uma abordagem totalmente nova à história do monstro.
Em vez do glamour dos anos 1930, com a equipe de cinema na ilha misteriosa ao Sul do planeta, o cenário são os EUA dos anos 1970, em meio à Guerra do Vietnã, o fim do sonho hippie e às vesperas do escândalo Watergate, que derrubou o presidente Richard Nixon.
Uma equipe de cientistas liderada por Bill Randa (John Goodman, sempre ótimo) parte em missão rumo a um dos únicos territórios inexplorados do planeta, a tal Ilha da Caveira. Recebem o auxílio de uma tropa militar, liderada pelo Coronel Packard (Samuel L. Jackson), além do veterano Conrad (Tom Hiddleston) e a fotojornalista Mason Weaver (Brie Larson).
Uma equipe de cientistas liderada por Bill Randa (John Goodman, sempre ótimo) parte em missão rumo a um dos únicos territórios inexplorados do planeta, a tal Ilha da Caveira. Recebem o auxílio de uma tropa militar, liderada pelo Coronel Packard (Samuel L. Jackson), além do veterano Conrad (Tom Hiddleston) e a fotojornalista Mason Weaver (Brie Larson).
O que era apenas missão de exploração, logo se revela uma busca pelas criaturas míticas que habitam a Terra desde os primórdios, com encontro sangrento com Kong, em sua melhor representação.
Só pela subversão da premissa original da história de Kong, o filme já valeria, mas o maior triunfo do longa é a ambientação. Fora os elementos fantásticos, como monstros gigantes e outras criaturas, o filme honra os filmes de guerra dos anos 1970, com fotografia e até sequências inteiras que remetem a clássicos como “Apocalypse Now” (1979).
O esmero com o design de produção (cenários, figurinos) e outros aspectos técnicos possibilitam que a figura de Kong seja não só crível, mas também até assustadora, quando a situação pede. Ao contrário da trama original, o símio não se apaixona por uma humana, aproximando-se narrativamente mais do T-Rex de “Jurassic Park” (1993). Uma criatura perigosa, mas que protege o local de criaturas piores.
Mas se por um lado Kong torna-se um personagem com conflitos próprios, o mesmo não pode ser dito dos protagonistas. Salvo L. Jackson, ótimo como um militar obcecado em matar a besta, Hiddleston e Brie Larson executam performances competentes, mas aquém do potencial de dois dos melhores atores da nova geração.
Até mesmo as motivações para embarcarem na jornada soa superficial. “Kong: Ilha da Caveira” é uma aventura despretensiosa, paraser encarada como diversão. As cenas de ação e efeitos especiais, claro, são impecáveis. E o filme ainda abre a porta para uma franquia, já confirmada, que colocará o gorilão para lutar com um certo monstro japonês...
Até mesmo as motivações para embarcarem na jornada soa superficial. “Kong: Ilha da Caveira” é uma aventura despretensiosa, paraser encarada como diversão. As cenas de ação e efeitos especiais, claro, são impecáveis. E o filme ainda abre a porta para uma franquia, já confirmada, que colocará o gorilão para lutar com um certo monstro japonês...

