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O programa de Otávio Mesquita não apresenta nada novo
Sem graça e sem novos elementos, o recém-estreado “Operação Mesquita” já tem cara de velho
Otávio Mesquita é incansável. Mesmo sem emplacar um sucesso na tevê há muitos anos, o apresentador segue tentando. Há três anos, ele assinou seu retorno ao SBT e, nesse tempo, já tentou investir em dois programas na tevê. Após o fracasso do notívago “Okay Pessoal”, começou a pensar na concepção do “Operação Mesquita”, que estreou no mês passado na emissora paulistana após sucessivas delongas. As novidades ficam presas a detalhes de formato. O horário - sábados, às 18h30 - é uma novidade para ele, acostumado com faixas mais noturnas. Apesar do longo de tempo de concepção que teve - a produção é lapidada desde meados de agosto do ano passado -, o programa não apresenta nada estruturalmente novo.
A primeira parte do “Operação Mesquita” é dedicada às celebridades. O apresentador vai encontra alguma figurinha da tevê - em sua maioria, parte do “casting” do SBT -, para entrevistá-la em um formato mais “livre”. Pelo formato aberto, era esperado que as conversas fossem mais pessoais. No entanto, o que se vê é um excesso de clichê e perguntas rasas. Depois, o programa se volta para anônimos a bordo de um cenário móvel. É aí que tudo piora. O excesso de sensacionalismo torna impossível qualquer boa vontade com o programa.
Apesar de estar há pouco tempo no ar, já é possível ver que o “Operação Mesquita” não passa de mais do mesmo. De tão batidos que são, os dois momentos do programa poderiam ser, facilmente, quadros dentro de outras produções da emissora.

