"Pets 2" aposta na relação de pais, filhos e animais de estimação
A continuação da animação que ganhou o mundo tem estreia nesta quinta-feira (27), e entrevistamos o ator Luís Miranda, que dubla o coelhinho Bola de Neve na trama
Em 2016, o filme "Pets: A Vida Secreta dos Bichos" levou mais de quatro milhões de brasileiros aos cinemas. A trama do primeiro filme acompanha Max, um cachorro que mora em um apartamento de Manhattan. Quando sua querida dona traz para casa um novo cão chamado Duke, Max não gosta nada, nada, já que seus privilégios parecem ter acabado. Mas logo eles têm que colocar as divergências de lado, quando um incidente coloca os dois na mira da carrocinha.
Agora, dando sequência à história do cão Max e de seus amigos, “Pets: A Vida Secreta dos Bichos 2’’, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (27), mostra o cãozinho tendo de se acostumar novamente com mais um novo integrante na família: um bebê. Além disso, ainda mostra as novas peripécias dos bichinhos de estimação quando se vêem sem os donos por perto, apelando para os sentimentos comuns no imaginário popular.
As complicações que surgem quando um recém-nascido chega em casa causa preocupações aos cachorros. Assim, os cãezinhos devem compartilhar com essa pessoa minúscula todo o amor, atenção e brincadeiras que eles tem de melhor. A partir daí, percebe-se que o filme toma um rumo inusitado. Embora o filme mostre os personagens demonstrando bravura e enfrentando desafios, lições valiosas para as crianças, é a representação da paternidade superprotetora que é posta na tela. O roteiro de Brian Lynch aposta em uma divisão de núcleos muito parecida com a de séries televisivas, o que, neste caso, resulta em uma narrativa demasiadamente fragmentada e parcialmente conectada. A sequência tem três histórias paralelas com um desfecho em comum.
Ela pede a ajuda da felina Chloe que a ensine a ser uma gata e assim acompanhamos a segunda trama do filme. Posteriormente, se inicia a história de ação e aventura com o fofo e maluco coelho Bola de Neve, que acredita realmente ser um herói quando a sua dona começa a vesti-lo como tal. Mas, quando Daisy, uma destemida Shih Tzu, aparece para pedir ajuda, Bola de Neve mostra toda coragem em uma missão perigosa que quer resgatar um filhote de tigre albino de um circo comandado por uma figura malvada.
O roteiro não se aprofunda muito em nenhuma das histórias dos personagens, mas faz boas ligações com o expressivo número de personagens usando uma série de piadas simples, mas efetivas. E também existe potencial para fazer a mediação com as crianças de assuntos relevantes, como a superproteção e a ansiedade. As cores, por outro lado, são sempre vivazes e cheias de alegria. De certa forma, para além do ponto de vista dos animais, a ótica adotada também é o das crianças, ainda que mais sutilmente. Nesse sentido, os animais do filme e seu mundo possuem tom lúdico e, de certa forma, são também crianças.
A mensagem sobre superar seus medos e deixar que as crianças cometam seus próprios erros, que no final ficarão bem, é um grande ponto forte, que deixa a história fofinha com mais substância. Um bom filme para as crianças e para os pais que as acompanharem. Será uma boa diversão com muita emoção, mantendo o estilo do primeiro filme.
Processo de dublagem
Segundo Luís, o trabalho de atuação com a voz exige um alto nível de talento. “É um processo difícil. Você é colocado dentro de um estúdio para acompanhar através de uma televisão o que está acontecendo no desenho. Você escuta a voz em inglês e tenta encontrar uma sincronia entre o que está sendo dito com aquela imagem que você está vendo e a emoção que o personagem está passando", reflete o ator, que também compara a dublagem com as atuações teatral e cinematográfica, na qual a liberdade é menor. “É complicado a atuação porque você está seguindo um padrão que foi exigido e não criado por você. Então isso te dá uma certa limitação, mas ao mesmo tempo é um trabalho maravilhoso”, complementa.



