Logo Folha de Pernambuco

Crítica

"Pinguim": o que esperar da nova série da Max derivada de Batman

Spin-off é protagonizado pelo vilão Pinguim e aborda o universo da máfia

Série "Pinguim"Série "Pinguim" - Foto: Warner Bros/Divulgação

“Pinguim” é aquele tipo de série que ninguém pediu, mas vai fazer muita gente agradecer a quem teve a ideia de fazê-la. O spin-off do filme “The Batman” (2022) estreia na Max e na HBO nesta quinta-feira (19), às 22h, e é tão bom que torna a ausência do Homem-Morcego um detalhe indiferente.  

Colin Farrell retorna ao papel do vilão da DC Comics, apresentado aqui de maneira bem diferente da imagem consolidada pelos quadrinhos e outras produções audiovisuais. Assim como no longa-metragem, graças à maquiagem e às próteses corporais incrivelmente realistas, o ator está irreconhecível.

Situada poucos dias após os eventos do filme de Matt Reeves, a série é ambientada em uma Gotham City ainda “lambendo as feridas” de toda a destruição causada pelo Charada (Paul Dano), que conseguiu inundar a cidade. Esse, no entanto, é só um pano de fundo para a trama, que deixa totalmente de lado os super-heróis para construir uma boa história de máfia.  
 

Ao longo de oito episódios, a produção acompanha Oz Cobb e sua saga para conseguir chegar ao topo no mundo do crime de Gotham. Com a morte de Carmine Falcone (John Turturro), o gângster - que passou a vida bajulando os chefões da máfia - vê a chance de finalmente provar o seu valor junto aos criminosos e tomar o poder para si.

Não é à toa as comparações que “Pinguim” vem recebendo com “The Sopranos”. Claro que, como obras que retratam a máfia, as duas séries possuem elementos em comum, como muita violência e dramas familiares. A semelhança mais notável, no entanto, é a profundidade psicológica com a qual a figura do mafioso é mostrada.

Assim como o Tony Soprano de James Gandolfini, o Oz de Colin Farrell é uma figura reprovável por sua conduta, mas que chega a soar carismático. A série explora bem a ambição, os traumas e as inseguranças do personagens, que demonstra seu lado mais humano nas relações com a mãe (Deirdre O'Connell), com seu pupilo Victor (Rhenzy Feliz) e com Eve (Carmen Ejogo), sua amante. 

A excelência do trabalho de Michael Marino como designer de maquiagem, já elogiado em “The Batman”, fica ainda mais evidente com a série. No entanto, não é só a caracterização que torna o anti-herói tão crível. Farrel tem sua inegável parcela de mérito na condução de um personagem capaz de despertar sentimentos diversos no público em um mesmo episódio. Outro destaque do elenco é Cristin Milioti, como Sofia Falcone, que trafega sem titubear entre a loucura, o luto e o rancor.   
 

Veja também

Espetáculo "O Peru do Cão Coxo" retorna ao Centro de Criação Galpão das Artes, em Limoeiro
TEATRO

Espetáculo "O Peru do Cão Coxo" retorna ao Centro de Criação Galpão das Artes, em Limoeiro

Famosos celebram volta do X com posts bem-humorados: "Twitter está vivo"
volta do X

Famosos celebram volta do X com posts bem-humorados: "Twitter está vivo"

Newsletter