Airbus fecha acordo para assumir fábricas da Spirit AeroSystems nos EUA, Europa e África
Empresa quer assumir o controle direto da produção na tentativa de estabilizar as cadeias de suprimentos
A Airbus concordou em adquirir algumas instalações da Spirit AeroSystems nos EUA, Europa e África que fabricam peças para seus aviões comerciais, como seções de fuselagem e outros componentes, buscando assumir o controle direto da produção na tentativa de estabilizar as cadeias de suprimentos após meses de interrupções.
A Spirit, que se separou da Boeing há cerca de duas décadas, esteve no centro de problemas de qualidade afetando os jatos 737 MAX.
A Spirit fabricou a fuselagem envolvida no pouso de emergência da Alaska Airlines no ano passado.
Leia também
• Na Alemanha, Friedrich Merz quer propor política de "tarifa zero" no comércio com os EUA
• Negociações com parceiros asiáticos estão indo bem, afirma secretário do Tesouro dos EUA
• Conta de viagens internacionais teve déficit de US$ 766 milhões em março, afirma BC
O acordo com a Airbus ocorre meses após a Boeing fechar uma aquisição de US$ 4,7 bilhões da Spirit AeroSystems, incluindo a maioria das operações comerciais da Boeing, além de atividades em defesa e pós-venda.
O CEO da Airbus, Guillaume Faury, informou aos acionistas que os desafios na cadeia de suprimentos, especialmente com a Spirit, afetaram os planos de aumentar a produção dos aviões A220 e A350 Como resultado, a entrada em serviço da versão cargueira do A350 foi adiada de 2026 para o segundo semestre de 2027.
Agora, a Airbus espera que o controle direto sobre várias fábricas da Spirit ajude a estabilizar o fornecimento de peças essenciais para seus jatos.
As empresas preveem concluir a transação no terceiro trimestre.
A Airbus receberá US$ 439 milhões pela aquisição, valor revisado em relação aos US$ 559 milhões inicialmente previstos.
Também fornecerá US$ 200 milhões em linhas de crédito à Spirit para apoiar seus próprios programas de aeronaves comerciais.

