Alckmin: queda da Selic deve elevar crescimento da economia, após PIB fraco no 3º tri
"Com os juros caindo, a economia cresce mais forte", declarou o ministro e vice-presidente
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira, 5, que a economia deve voltar a crescer com força devido à queda dos juros aguardada para o ano que vem.
A expansão de apenas 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre em relação aos três meses anteriores, feitos os ajustes sazonais, foi causada pela alta dos juros, mas o governo prevê um cenário melhor em 2026, apontou Alckmin.
Leia também
• Fazenda afirma que desaceleração do PIB está associada a 'política monetária restritiva'
• Luiza Trajano diz que taxa de juros "está muito alta": "não há cabimento"
• Economia segue em desaceleração e PIB cresce apenas 0,1% no terceiro trimestre
"O PIB teve um crescimento pequeno no último trimestre, em razão dos juros, mas acreditamos que no ano que vem os juros caem, a inflação está em queda. Nós estamos com a inflação abaixo do teto da meta, a inflação está em queda. Os juros devem cair", disse o vice-presidente, em rápida entrevista na saída de um almoço com empresários da indústria de aparelhos eletrônicos promovido pela Abinee. "E com os juros caindo, a economia cresce mais forte", complementou.
Ele citou duas razões para a tendência de inflação mais baixa. "Primeiro, o alimento. Nós tivemos uma safra recorde, o clima ajudou. Então, o preço de alimento caiu mais do que a inflação. E o outro, o dólar.
O dólar que estava R$ 6,30, R$ 5,60, veio para R$ 5,30. E caindo a inflação, a tendência é caírem os juros e a economia cresce mais", comentou.
O vice também reiterou que o governo vai se empenhar para retirar produtos industriais do tarifaço norte-americano.

