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BC divulga ata da última reunião do Copom, quando taxa de juros caiu 0,5 ponto semana passada

Ata explica o corte da Selic e os motivos que levaram o Comitê a só indicar uma redução no mesmo patamar na próxima reunião

Diretores do Banco Central, que integram o Comitê de Política Monetária (Copom)Diretores do Banco Central, que integram o Comitê de Política Monetária (Copom) - Foto: Divulgação/BC

O Banco Central divulga, nesta terça-feira (26), a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que na semana passada fez a sexta redução consecutiva na Selic. Com isso, a taxa básica de juros chegou a 10,75% ao ano.

Desde agosto do ano passado, o ciclo de cortes é marcado por uma queda de 0,5 ponto percentual a cada reunião do Copom A expectativa do mercado financeiro é que a taxa de juros continue caindo, mas a um ritmo menor.

No comunicado da última reunião do Copom, o Banco Central previu mais um corte de 0,5 ponto em maio. Porém, a grande mudança é que a autoridade monetária deixou de usar o plural e passou para o singular, indicando apenas mais uma redução.

O BC indicou que a continuidade de cortes em 0,5 ponto percentual pode ser interrompida diante do cenário de retomada da inflação no país, trazida, principalmente, pelo reaquecimento do mercado e elevação do Produto Interno Bruto (PIB). A sinalização de queda no ritmo de cortes ocorreu, quando o comunicado descreveu que uma nova redução nessa magnitude vai ocorrer "na próxima reunião", no singular.

Nos últimos comunicados, o BC falava em "próximas reuniões", indicando pelo menos mais duas reduções de 0,5 pp. Agora, só há clareza para mais um corte de 0,5 pp, na reunião de maio. A decisão foi unanime entre os diretores do BC.

"O Comitê avalia que o cenário-base não se alterou substancialmente. Em função da elevação da incerteza e da consequente necessidade de maior flexibilidade na condução da política monetária, os membros do Comitê, unanimemente, optaram por comunicar que anteveem, em se confirmando o cenário esperado, redução de mesma magnitude na próxima reunião. O Comitê avalia que essa é a condução apropriada para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário", destacou o comunicado.

A decisão do Copom sobre a taxa básica de juros acontece em um cenário com a economia ainda aquecida — o que pode pressionar a inflação. Dados recentes divulgados sobre o PIB do ano passado, mostram criação de empregos e elevação da atividade econômica no começo de 2024, colocando em dúvida o impacto disso na inflação e no ritmo de queda da Selic. O IPCA de fevereiro mostrou relativa alta, com a inflação em 12 meses alcançando o teto da meta do BC: 4,5%.

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