Seg, 08 de Dezembro

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Brasil capta US$ 1,75 bi com emissão de títulos em dólar

A operação é uma forma de o país captar dinheiro para se preparar para o pagamento de dívidas futuras em moeda estrangeira

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério CeronO secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron - Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

O Tesouro Nacional captou US$ 1,75 bilhões com a emissão de novos títulos da dívida pública no mercado internacional.

O governo fez a emissão de um novo benchmark de 30 anos, o Global 2056, com vencimento em 12 de janeiro de 2056, e a reabertura da atual referência de 5 anos, o Global 2030, que tem vencimento em 6 de novembro de 2030.

O título de 2030 teve captação de US$ 750 milhões, segundo o Tesouro. O órgão não informou a captação do título de 2056, mas O Globo apurou que foi de US$ 1 bilhão.

Esses papéis funcionam como uma forma de o Brasil captar dinheiro agora, no exterior, para se preparar para o pagamento de dívidas futuras em moeda estrangeira.

 

Segundo o Tesouro, o objetivo da operação é dar continuidade à estratégia de promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo, provendo referência para o setor corporativo, e antecipar refinanciamento de vencimentos em moeda estrangeira.

"O sucesso da operação reabre o mercado servidos de referência para as emissões corporativas e reflete a confiança dos investidores na política econômica e no crédito brasileiro e reforça a histórica e forte integração do mercado brasileiro com o mercado norte-americano no que tange a gestão da dívida pública", afirmou o órgão em nota.

Um benchmark, nesse caso, é um título usado como referência de preço e prazo. Ele ajuda o mercado a definir quanto vale o risco de emprestar dinheiro ao Brasil, o que também influencia as condições de empréstimos para empresas brasileiras no exterior.

A operação foi liderada pelos bancos Bank of America, Itaú e JP Morgan.

O dinheiro obtido com a emissão será usado para pagar parte da dívida pública externa já existente, o que pode ajudar a melhorar o perfil da dívida e dar mais segurança aos investidores.

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