Sex, 05 de Dezembro

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WOLNEY QUEIROZ

Comissão do Senado convida novo ministro da Previdência para falar sobre crise do INSS

Wolney Queiroz foi nomeado após saída de Carlos Lupi diante das revelações sobre as fraudes

Wolney Queiroz, novo ministro da Previdência, quando era deputado Wolney Queiroz, novo ministro da Previdência, quando era deputado  - Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A Comissão de Transparência do Senado aprovou nesta terça-feira um convite para o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, falar sobre a crise no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Wolney assumiu o cargo há quatro dias.

“Diante da dimensão social, financeira e institucional dessas fraudes, a presença do atual Ministro da Previdência Social é essencial para garantir a transparência dos atos do Poder Executivo e assegurar que essa Casa Legislativa exerça plenamente sua função de fiscalização em defesa dos direitos dos aposentados, pensionistas e contribuintes brasileiros”, diz o requerimento, de autoria do senador Sergio Moro (União-PR).

O Ministério da Previdência está no centro de uma crise envolvendo descontos indevidos em aposentadorias no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). O escândalo tem desgastado o governo nos últimos e há no Congresso uma pressão para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso.

Por conta do caso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu tirar Carlos Lupi do comando da pasta e substituí-lo por Wolney, que até então exercia o cargo de secretário-executivo.

A operação "Sem Desconto", da Polícia Federal, apurou descontos irregulares feitos por associações que possuem convênios com o INSS. Segundo as investigações, esses grupos podem ter desviado mais de R$ 6 bilhões nos últimos anos.

Em entrevista ao Globo, Lupi admitiu que sabia o que estava acontecendo em relação aos aumentos dos descontos de aposentadorias para repasses a associações e que demorou para tomar previdências. Disse, porém, que não se sente desconfortável em permanecer no governo.

A operação, que envolveu centenas de policiais e auditores, foi autorizada pela Justiça do Distrito Federal para combater um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. As investigações apontam que a soma dos valores descontados chega a R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024, mas ainda será apurado qual porcentagem foi feita de forma ilegal.

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