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Economia

Compesa será incubada no Parqtel

Empresa vai desenvolver produtos inovadores para o controle do abastecimento de água, evitando perdas

Abastecimento de água Abastecimento de água  - Foto: Agência Brasil

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) será a mais nova incubada do Parque Tecnológico de Eletroeletrônicos e Tecnologias Associadas de Pernambuco (Parqtel). É que a empresa quer usar a inovação para aprimorar seus processos e pretende usar o conhecimento e a infraestrutura do Parqtel para dar seguimento a esse projeto, desenvolvendo novos produtos e sistemas para o abastecimento de água do Estado.

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“Esse processo faz parte do programa de modernização tecnológica da Compesa - um processo que visa à redução de perdas e custos da operação e à melhoria do atendimento ao cliente com a continuidade do abastecimento”, explicou o gerente de automação da Compesa, Anderson Quadros.

Ele contou que a parceria com o Parqtel deve começar em março, pois a Compesa no Programa Incubadora Parqtel de Projetos de Inovação Tecnológica (Inbarcatel) foi publicada nessa quarta-feira (6) no Diário Oficial do Estado. E o Parqtel explicou que a Compesa foi escolhida para se juntar às outras incubadas porque o objetivo do programa é potencializar a inovação aberta de grandes empresas, sejam elas ligadas ao Estado ou não. “O programa é voltado a projetos de incubação de tecnologia na área industrial. Então, nós nos encaixamos”, acrescentou Quadros.

O gerente da Compesa explicou que, para ser aceita no Inbarcatel, a companhia se propôs a aplicar conceitos de Internet das Coisas no sistema de abastecimento de água do Estado. A ideia é desenvolver produtos inteligentes que façam uma medição da operação da Compesa e, por isso, auxiliem a empresa a identificar e prevenir perdas. “A Compesa vai passar a produzir alguns dos seus equipamentos para reduzir custo. E isso é uma coisa inovadora no saneamento brasileiro”, destacou Quadros.

A ideia é aplicar R$ 200 na criação de um equipamento de telemetria que colete e envie informações da rede de distribuição de água para o sistema da Compesa - produto que, hoje, custa cerca de R$ 4 mil no mercado. Também será desenvolvido um controlador de válvula que controla a vazão da água saída das adutoras, para evitar que essa água seja desviada ou usada de forma irregular no caminho até as cidades abastecidas. É um equipamento avaliado em R$ 15 mil, mas que deve ser desenvolvido com apenas R$ 300 no Parqtel.

“Dessa forma, teremos o acompanhamento em tempo real da operação e poderemos atuar em qualquer variação de consumo anormal. Além disso, poderemos ampliar a abrangência desses dispositivos. Pois, com essa redução de custos, poderemos massificar seu uso”, afirmou Quadros, dizendo que isso deve ajudar a controlar as perdas de água em todo o Estado já a partir do próximo ano.

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