Dom, 21 de Dezembro

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CONCESSÃO

Consultas públicas da Compesa devem ser realizadas no segundo semestre, diz Alex Campos

O presidente da estatal reafirmou que está descartado modelo de concessão total

Campos: "Não tem como fazer concessão total do serviço"  Campos: "Não tem como fazer concessão total do serviço"  - Foto: Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco

O presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Alex Campos, disse, nesta sexta-feira (22), que ainda estão em discussão os cadernos (estudos) encomendados ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pelo Governo do Estado para análise de modelos de participação de investimentos privados em prol de serviços de água e saneamento em Pernambuco.

“É possível que agora no segundo semestre a gente já realize as consultas públicas para que, em 2025, tenha os leilões”, adiantou. Campos reafirmou que está descartado modelo de concessão total. “Na verdade, é uma apropriação equivocada a de que o regime de concessões tem a ver com a privatização. Não tem. Então, está descartada a concessão total do serviço de água”, explicou.

Os cadernos contratados com BNDES, que são temáticos, abordando, por exemplo, estudos de de engenharia, econômico-financeiros e jurídicos, trazem as informações que a Compesa precisa para tomadas de decisão. “A gente quer saber de todas as informações, até para ter certeza de que aquilo que tinha colocado como decisão, como premissa, seja verdade. E os estudos já dizem que é verdade. Não tem como fazer concessão total do serviço”, acrescentou.

O presidente da Compesa destacou que é possível pensar na parceria com a iniciativa privada, como acontece no Rio de Janeiro, Alagoas, Amapá e como vai acontecer em Sergipe. O Governo de Pernambuco está observando esses casos de outros estados com o intuito de experimentar, de analisar à distância o que está ocorrendo de bom e de ruim para adaptar ao edital, de acordo com ele.

Na concessão parcial, a Compesa, ainda segundo Campos, continuaria 100% estatal, responsabilizando-se pela produção e tratamento da água, e a iniciativa privada poderia assumir a parte de distribuição, coleta e tratamento de esgoto.

“Pernambuco tem dificuldade em produzir água. A gente vai buscar água muito longe e deixar muito longe, também. Para se ter uma ideia, para levar água a Caruaru do São Francisco, a gente percorre 300 quilômetros entre canais e adutoras. Então, o modelo pensado, o modelo que a gente está aperfeiçoando é parcial dos serviços de água”, explicou o presidente da Compesa.

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