CPI do INSS: Motta vai avaliar fila de pedidos de investigação antes de tomar decisão, dizem líderes
Regra da Câmara estabelece que só podem funcionar cinco comissões de forma simultânea
A instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes em descontos em aposentadorias e pensões pagas pelo INSS foi discutida nesta quarta-feira durante reunião de líderes partidários na Câmara dos Deputados. A oposição conseguiu as assinaturas necessárias (171) para a instalação da CPI, mas não ficou decidido quando isso irá ocorrer.
Na reunião, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ressaltou a quantidade de pedidos de CPIs na frente, de acordo com líderes.
— Hugo falou que existem 12 pedidos de CPI na frente. Temos receio de ficar no Fla x Flu aqui e não investigar nada. Eu não acho que uma CPI presidida pelo PL vai ajudar neste momento — disse o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ).
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O petista ressaltou que a investigação está sendo feita pela Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU).
O líder do MDB, Isnaldo Bulhões (AL), também ressaltou a quantidade de CPIs na "lista de espera":
— Só pode ter cinco por vez, temos que seguir a fila — lembrou.
A regra da Câmara estabelece que só podem funcionar cinco CPIs de forma simultânea. Porém, a oposição pode retirar pedidos ou Motta indeferir solicitações.
— Hugo disse que vai analisar a fila de CPIs, ver os temas ainda pertinentes ou não. Em princípio, a fila teria que ser obedecida. O que a oposição poderia fazer é pedir para outros requerimentos de CPI deles, que estão na frente, serem retirados. Governo, claro, vai trabalhar para que não aconteça a CPI — disse o deputado Doutor Luizinho (PP-RJ).

