Déficit comercial dos EUA atingiu novo recorde em março, antes das tarifas de Trump
É o maior déficit mensal desde que os registros começaram em 1992
O déficit comercial dos Estados Unidos atingiu um novo recorde em março, de acordo com dados oficiais divulgados nesta terça-feira (6), que refletem um forte aumento nas importações antes das tarifas do presidente, Donald Trump, entrarem em vigor.
A balança comercial de bens e serviços dos EUA em março foi deficitária em 140,5 bilhões de dólares (R$ 810 bilhões na cotação de março), um aumento mensal de 14%, informou o Departamento do Comércio em um comunicado.
Este é o maior déficit mensal desde que os registros começaram em 1992.
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Os dados incluem o mês anterior à implementação pelo governo de tarifas de 145% sobre a importação de muitos produtos chineses e uma tarifa geral de 10% sobre os produtos procedentes da maioria dos países.
A Casa Branca também impôs tarifas superiores a 10% para dezenas de parceiros comerciais, mas anunciou uma pausa até julho para dar tempo de renegociar os acordos comerciais com estas nações.
O déficit comercial de março foi superior à estimativa média de 137,6 bilhões de dólares (786 bilhões de reais) dos economistas entrevistados por Dow Jones Newswires e The Wall Street Journal.
O saldo negativo foi impulsionado pelo crescimento de 4,4% nas importações, no valor de 419 bilhões de dólares (2,39 trilhões de reais), em meio a uma corrida para a compra de produtos da entrada em vigor das novas tarifas.
O aumento mais expressivo foi registrado na importação de bens de consumo, que aumentaram 22,5 bilhões de dólares (128 bilhões de reais) em março.
As exportações avançaram apenas 0,2%, a 278,5 bilhões de dólares (1,59 trilhão de reais).

