Seg, 08 de Dezembro

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Dino fala em ''tragédia social do INSS'' e diz que investigação reuniu ''fartos indícios''

Ministro do STF ressaltou que PF encontrou 'fortunas' com alvos de apuração

O ministro Flávio DinoO ministro Flávio Dino - Foto: Rosinei Coutinho/STF

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quinta-feira que as investigações sobre fraudes no INSS revelaram uma "tragédia social".

De acordo com Dino, já foram reunidos "fartos indícios de um consórcio deletério".

O comentário foi feito pelo ministro durante uma sessão do STF que analisa se o Ministério Público do Trabalho (MPT) pode atuar em uma ação que discute o pagamento de honorários advocatícios em ações coletivas, que tenham sido aprovados sem a concordância dos trabalhadores representados por sindicato.

— Nós estamos vendo essa tragédia social do INSS. Independentemente de juízo de valor sobre o caso concreto, e sobre responsabilidades, que neste instante não nos cabe individualizar, é certo a essas alturas que temos pelo menos fartos indícios de um consórcio deletério em que entidades representativas se voltaram contra seus representados, em um aparente conluio com agentes públicos — declarou Dino.

O ministro ressaltou que a investigação da Polícia Federal (PF) indicou que os suspeitos reuniram "fortunas":

— Me refiro apenas aquilo que a Polícia Federal, o próprio Ministério Público, e o Poder Judiciário, nas instâncias ordinárias, têm encontrado: carros de luxo, bens, aviões. Que, obviamente é uma atipicidade de entidades representativas de aposentados.

Na quarta-feira, a PF cumpriu mais dois mandados de busca e apreensão na Operação Sem Desconto, que apura um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. Os mandados foram autorizados pela Justiça do Distrito Federal e foram cumpridos em Presidente Prudente (SP).

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